Júri de bolsonarista que assassinou tesoureiro do PT começa nesta quinta

Marcelo Arruda foi morto em sua festa de aniversário de 50 anos pelo ex-policial penal Jorge Guaranho

Começa nesta quinta-feira (04) o júri de Jorge Guaranho, réu pelo homicídio do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em 9 de julho de 2022. Garanho, que é ex-policial penal, invadiu a festa de aniversário da vítima aos gritos de “mito” e “aqui é Bolsonaro” antes de cometer o crime.

A morte de Marcelo Arruda foi um dos casos mais proeminentes de violência política causada pelo bolsonarismo nas últimas eleições. O caso repercutiu tanto que a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou recentemente a lei que prevê o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática, conhecida como “Lei Marcelo Arruda”, a ser celebrada no dia do aniversário da vítima.

Relembre

No dia do crime Marcelo Arruda reuniu amigos e familiares na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu. Guaranho, que não conhecia ninguém, soube da festa por um terceiro e invadiu o local.

Ele discutiu com a vítima e deixou o local para buscar uma arma. Na sequência retornou e cometeu o homicídio. Ele não conseguiu ferir mais pessoas porque Arruda, que era Guarda Municipal, atirou de volta e conseguiu deter o ataque.

De acordo com testemunhas e com o inquérito policial Guaranho entrou no local gritando “mito” e “aqui é Bolsonaro”. Ele foi até a Aresf porque não concordava com o tema da festa, que fazia uma homenagem ao presidente Lula.

Júri

Nas redes sociais Guaranho ostentava fotos com armamento e fazendo o gesto característico do bolsonarismo da “arminha com a mão”.

Guaranho invadiu a festa de aniversário da vítima, cujo tema era do PT, e atirou contra ele | Foto: reprodução redes sociais

Depois de assassinar Arruda ele foi preso em flagrante e encaminhado para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Leia também: Conter os brutos e a brutalidade

“É um crime bárbaro com uma motivação fútil, de intolerância política”, explicou um dos advogados da família Arruda, Rogério Botelho.

Embora as imagens demonstrem Guaranho invadindo a festa – onde não conhecia ninguém – a defesa dele afirma que a motivação do crime não foi política. “A motivação política foi colocada, mas é uma discussão banal [entre vítima e réu]”, disse o advogado do ex-policial penal, Samir Mattar Assad à BandNews FM.

Tudo sobre o caso Marcelo Arruda

Justiça recusa sigilo no caso do sindicalista do PT morto por bolsonarista no Paraná

Assassinato de militante do PT em Foz do Iguaçu repercute entre políticos

Homem invade festa de aniversário com tema do PT e assassina líder sindical em Foz do Iguaçu

9 fatos sobre o caso de bolsonarista que matou petista a tiros em Foz do Iguaçu

Não é polarização, sempre foi fascismo

Polícia nega motivação política em assassinato do tesoureiro do PT

Bolsonarista que matou tesoureiro do PT é denunciado por homicídio qualificado

Assassino de petista em Foz do Iguaçu deixa hospital e vai para prisão domiciliar

Um ano após assassinato de petista em Foz, familiares preparam ato pela paz

Bolsonaro não liga para consolar viúva, liga para parentes bolsonaristas salvarem sua pele

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima