Para quem ainda está definindo as próximas leituras, o Plural selecionou seis livros que editoras brasileiras devem lançar neste mês de fevereiro. Entre romances, não ficção e cartum, estão a poesia de James Joyce e o novo livro do Benett.
Os links oferecidos em cada livro levam direto à página da editora responsável pela publicação. Boa leitura!
“Caráter”
Ferdinand Bordewijk. Tradução de Daniel Dago. Rua do Sabão, 346 pp., R$ 59. Romance.
Um dos mais importantes livros da literatura holandesa do século 20 chega ao Brasil em tradução direta do original feita por Daniel Dago.
No livro, que deu origem ao vencedor do Oscar 1998 de melhor filme estrangeiro, Bordewijk conta a história de um filho ilegítimo obcecado pelo desejo de se tornar advogado e os conflitos com seu pai, um poderoso Oficial de Justiça que faz de tudo para impedi-lo.
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“O acontecimento”
Annie Ernaux. Tradução de Isadora de Araújo Pontes. Fósforo, 80 pp., R$ 54,90. Romance.
Com a ajuda de entradas de seu diário, uma escritora de sucesso resgata memórias de um aborto clandestino realizado 40 anos antes. Ao refletir sobre a onipresença da lei e seu imperativo sobre o corpo feminino, Ernaux mostra mais uma face da mescla indissociável do íntimo e do coletivo, característica de todo o seu percurso literário. A autora faz da literatura uma profissão de fé, que comove pela honestidade cortante: “o verdadeiro objetivo da minha vida talvez seja apenas este: que meu corpo, minhas sensações e meus pensamentos se tornem escrita, isto é, algo inteligível e geral, minha existência completamente dissolvida na cabeça e na vida dos outros”.
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“Vozes femininas – Não eu, Passos, Cadência”
Samuel Beckett. Tradução de Fabio Ferreira. Cobogó, 88 pp., R$ 48. Teatro.
“Vozes femininas – Não eu, Passos, Cadência” reúne três peças de Samuel Beckett que compõem a obra tardia de um dos mais importantes nomes da literatura. Em meio a experimentações de linguagem, as peças compartilham o eixo comum do protagonismo feminino. Boca, em “Não eu”, é vítima de vozes que não consegue aquietar; May, em “Passos”, tem sua existência recoberta pela indefinição entre vida e morte, imaginação e memória; e M., em “Cadência”, enfrenta de maneira solitária, mas decidida, uma vida residual.
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“Diderot e a arte de pensar livremente”
Andrew S. Curran. Tradução de José Geraldo Couto. Todavia, 392 pp., R$ 84,90. Biografia.
Em prosa vívida e embasada em pesquisas, Curran traça o itinerário intelectual de Denis Diderot (1713–1784), pensador e escritor francês famoso por desafiar as verdades de seu tempo.
O autor descreve a relação atormentada de Diderot com Jean-Jacques Rousseau, sua curiosa correspondência com Voltaire e seus casos apaixonados, revelando como a turbulência pessoal do escritor foi uma parte essencial de seu gênio e de sua capacidade de ignorar tabus, dogmas e convenções.
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“Exílios e poemas”
James Joyce. Tradução de Caetano W. Galindo. Companhia das Letras, 368 pp., R$ 29,90. Teatro/Poesia.
O livro reúne a peça “Exílios”, lançada por James Joyce antes da publicação de “Ulysses”, e a produção poética do autor constante em “Récita Privada”. A obra possibilita um entendimento mais ampla da ideia de Joyce sobre o exílio e sobre a própria literatura.
Além da peça e dos poemas, a edição conta com um conjunto de notas elaboradas pelo autor durante o processo de escrita e fragmentos de diálogos não incluídos na versão final do texto.
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“Anedonia”
Benett. Arte e Letra , 100 pp., R$ 40. Tiras de humor.
O novo livro de ilustrações do cartunista Benett, chargista da “Folha de S.Paulo” e um dos fundadores do Plural, é um compilado de tirinhas que falam sobre o amor. O lançamento será no fim de fevereiro pela curitibana Arte e Letra.
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