A falsa percepção de “estar pronto”

Assim como me atrevi, como "paciente", a ajudar a melhorar a rotina dos especialistas em medicina, estou decidido a fazer o mesmo como empresário, que precisa consumir os serviços dos especialistas do mercado da moderna economia: os "advisors" das "boutiques de investimentos", advogados e os gurus das grandes performances comerciais, entre outros que têm cruzado o meu caminho de empreendedorismo

“Oh! Que formosa aparência tem a falsidade!”

Willian Shakespeare.

Em junho de 2019, eu abordei parte desse tema/tese que continuo discorrendo: a falsidade como produto de inovação. No artigo (https://www.plural.jor.br/colunas/piratas-na-proa/inovacao-e-seu-estado-da-arte/) publicado neste mesmo portal, frisei a questão da falsa percepção da inovação, justamente por ser algo desconhecido (a um publico ignorante ao tema).

Neste momento, eu destaquei como a história do Mecanismo “O Turco” foi uma inovação e como naquele momento, era uma forma dos inventores preverem o futuro.

Nestes últimos meses, como empreendedor e criador de tecnologia, tenho percebido como o ecossistema de inovação esta inserido numa frágil manta de “falsidade”.

Quando criei o Robô Laura, não foi um projeto que me sentei na frente de uma folha em branco, estralei os dedos e comecei a escrever. Tudo surgiu de uma experiência que nunca quis passar. Mas quando entendi que as perguntas que não me foram respondidas como “usuário” daquele serviço/produto eram as mesmas que não estavam sendo respondidas para todos os demais clientes do processo e sistema em questão (gestão do cuidado na saúde), passei a me perguntar: como posso mudar isso e responder mais rápido e para mais pessoas, estas perguntas?

Mas eram respostas que eu não sabia dar.

Eram temas que eu não dominava.

Mas a ausência de resposta estava no centro. Estava em aproximar o “sabido” do “desconhecido”.

Não era eu aprender medicina, como paciente, mas me habilitar a entender o momento e respeitar e confiar no processo, colaborando com ele inclusive, quando algo estivesse fora do que foi dividido comigo.

Isso fez com que todos os mais treinados que eu, mas menos experientes que os especialistas, pudessem estar mais aguçados no processo, e isso foi o diferencial para que o Robô Laura passasse a ajudar de verdade as equipes hospitalares (compostas por técnicos e especialistas) a salvar mais vidas nestes últimos anos.

Mas a medicina é um ambiente com especialistas.

Não tem espaço para falsidade, pois o dano disso é visível: a morte.

Não se tolera o falsário na medicina. Graças a deus.

Por isso, ainda é uma plataforma valorizada e em pleno desenvolvimento, tanto técnico, quando econômico.

Mas minha experiência neste momento como empresário, captando recursos para o negócio se estruturar e exponencializar, me colocou frente a uma gama de “falsos especialistas” em diferentes áreas. E pior, não estamos falando de criminosos, que fingem ser o que não são para dar golpes financeiros em outras pessoas ou negócios.

Estamos falando de pessoas que carregam e vendem o título de “especialistas” ou “inovadores” em suas áreas, estando habilitados a fazer mais e, por isso, cobrar mais, ou participar mais em nosso negócio.

Vou escrever em breve sobre este tema dos falsos especialistas. Quero dedicar um tempo bem exclusivo para isso, citando casos que passamos inclusive recentemente.

Mas neste momento, quero fazer o link com a tese que abordei no título deste artigo: A falsa percepção de estar pronto.

A entrega efetivamente é o sucesso esperado de qualquer produto ou serviço.

Mas a expectativa sobre esta entrega é que define seu preço, qualidade e importância.

Está ficando comum tolerarmos a baixa qualidade (ou ausência dela) nos serviços e produtos, quando estes não estão no ambiente “Premium“. Entretendo quando vemos o padrão da mídia atual é que o Premium se tornou popular. E que o diferencial para que você (fornecedor/prestador) entregue mais, é a inovação. Assim sendo, me parece que a inovação se tornou um commodity da entrega com excelência.

A falsa percepção de estar pronto, vem do fato que muito do que era exclusivo para os especialistas a questão de alguns anos atrás, como ferramentas para desenvolvimento de tecnologias e técnicas de marketing, hoje estão populares, sendo ensinadas, inclusive, em centros de treinamentos rápidos ou fazendo parte do escopo de cursos breves de aprimoramento de soft skills.

Não sou contra o compartilhamento do conhecimento.

Mas estou a muito tempo preocupado com a falsa percepção de que qualquer pessoa, pode fazer qualquer coisa e vender isso em escala, sem se preocupar com a qualidade disso, pois esta mascarada num padrão de entrega do mercado, que se perceberá quando não te atender, quando sua cadeia de produto ou serviço deixar de responder ou mostrar o dano, mas dai na maior parte das vezes, muito tarde para ser resolvido, ou gerando uma cadeia viciada de improdutividade e não entrega, com isso prejudicando um promissor mercado.

Não sou um especialista em nova economia, assim como não sou um especialista em medicina. Mas assim como me atrevi, por conta da minha jornada como “paciente” a ajudar a melhorar a rotina dos especialistas em medicina e por consequência melhorar a vida dos pacientes, estou decidido a fazer o mesmo como empresário, que precisa consumir os serviços dos especialistas do mercado da moderna economia: os advisors das “boutiques de investimentos”, advogados especializados em inovação e tecnologia e os gurus das grandes performances comerciais, entre outros que tem cruzado o meu caminho de empreendedorismo.

Nos próximos artigos, intercalando com questões de impacto, dividirei com você, SER humano, livre, conectado e inovador o quanto tenho aprendido neste universo de captar recursos para fazer meu negócio, reconhecidamente inovador, se manter no mercado e crescer.

Fique bem, se proteja e por favor, se preocupe de proteger aos outros, também.


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