No próximo dia 12 de março, a morte do curitibano Mateus Noga, de 22 anos, completa seis meses. O jovem foi baleado pela Guarda Municipal (GM), no Largo da Ordem, e a Polícia Civil (PC) ainda está investigando o caso.
O inquérito foi aberto logo após o falecimento de Noga e desde então foram ouvidos familiares da vítima e de mais duas pessoas que ficaram feridas na ocasião. De acordo com a Polícia Civil, os investigadores aguardam “laudos complementares que irão auxiliar na conclusão do inquérito policial”.
Mateus Noga saiu com amigos para comemorar a recém-conquistada carteira de habilitação em 11 de setembro do ano passado, um sábado. Eles foram até o Largo da Ordem. Já no fim da noite, por volta das 22h20, a Guarda Municipal chegou ao local para dispersar a multidão.
A GM afirma que as equipes foram acionadas para controlar uma briga generalizada que ocorria na rua Trajano Reis. Noga e seus amigos perceberam a aproximação da viatura e tentaram sair em direção à rua Dr. Claudino dos Santos, momento em que houve um disparo. Noga havia sido atingido pelas costas.
Ele só foi encaminhado para o Hospital do Trabalhador às 23h30 e faleceu durante a madrugada de domingo (12/9).
Seis meses
Nilvado Noga, tio da vítima, também estava no Largo da Ordem. Viu a confusão e ouviu os disparos. Assim como o sobrinho, tentou se afastar e seguiu na direção da Ruína de São Francisco. Ele só ficou sabendo da morte do rapaz no dia seguinte.
“É lamentável esse assassinato cruel, brutal e absolutamente nenhuma autoridade de manifestar. Está tudo parado. Inquérito parado e nós ficamos sem ter o que fazer”, lamenta.
O acusado de ter disparado foi o guarda municipal Alessandro Neves Toso, que responde em liberdade.
“Não tem data para conclusão e pode ser prorrogado porque o acusado está em liberdade. A polícia espera complementação das perícias e como não é uma delegacia especializada como a DHPP eles também trabalham em outros crimes. Então vamos aguardar a conclusão para termos melhores resultados para a acusação”, explica a advogada contratada pela família, Eliana Faustino.
Além dos complementos periciais, a PC também espera pela balística e mais informações sobre o exame de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML) no corpo de Mateus Noga.
O Plural tentou ouvir a delegada responsável pelo caso, Daniela Antunes, do 3.º Distrito Policial. mas ela não quis se pronunciar.
Devesa do que Marcos Bourne? O que justifica um tiro pelas costas? O que justifica 6 meses para concluir um inquérito?
E a matéria deixa claro que o jornal tentou ouvir a delegada responsável.
É importante ouvir a versão da defesa, não? Jornal mostra parcialidade no caso.