Amigos e familiares de Quintino Correia estão fazendo uma vaquinha com objetivo de levantar R$ 30 mil para pagar o translado do corpo dele para Guiné-Bissau, seu país de origem. Quintino morreu no dia 24 de fevereiro, em Curitiba. Ele foi acometido por hepatite e faleceu no hospital Evangélico.
Por conta do prazo de retirada do corpo do necrotério do hospital Evangélico, o primo de Correia tomou dinheiro emprestado com outras pessoas e já pagou o serviço funerário para fazer o translado. A urgência agora é levantar os valores para devolver o empréstimo.
“A gente pegou com algumas pessoas os valores porque precisávamos tirar [o corpo] de lá. Vamos nos despedir dele e no dia 8 o corpo chega à Guiné-Bissau”, explicou Wilson Ca.
Para ajudar basta acessar a vaquinha virtual e fazer a doação de qualquer valor.
Delonga
O rapaz foi baleado em dezembro, quando seguia para o trabalho em uma obra no Boqueirão. À época ele foi socorrido e sobreviveu, mas posteriormente teve hepatite e acabou falecendo. A Polícia Civil está investigando o caso e não há confirmação de que a morte tenha tido relação com a tentativa de homicídio.
Embora o crime tenha acontecido em dezembro, somente em fevereiro a Polícia Civil começou a investigação sobre os disparos, depois que a própria vítima registrou o boletim de ocorrência na delegacia especializada.
No dia em que foi baleado, Correia ficou inconsciente e o boletim da Polícia Militar (PM) tipificou a ocorrência como “lesão corporal de natureza grave”.
A tentativa de homicídio ocorreu na Alameda Dr. Muricy. “Um homem que se encontrava do outro lado da rua chamou a sua atenção gritado ‘ei’ e efetuou dois disparos acertando o sr. Quintino. A vítima relata não conhecer o autor, que não possui nenhum inimigo ou desafeto”, diz o boletim de ocorrência da PC.
Com a falta de comunicação entre as forças policiais, imagens de câmeras de segurança foram perdidas (os dispositivos deletam as gravações em determinados períodos de tempo) e até agora há poucas pistas sobre o que pode ter motivado o atirador.
Do jeito que essa cidade está cheia de xenófobos e neo-nazistas, é fácil duvidar que tenha sido um assalto. Coitado dele, da família e dos amigos. Independente do motivo, mais uma vítima dessa lamentável situação em que vivemos.