Prefeitura abre processo para exonerar guarda envolvido na ação que matou Mateus Noga

Processo está sob responsabilidade da Procuradoria-Geral do Município e o resultado sai em 90 dias

Nesta quarta (20), foi instaurado o processo de exoneração do guarda Alessandro Neves Toso, envolvido na ação da Guarda Municipal (GM) que matou Mateus Noga no Largo da Ordem. O texto publicado no Diário Oficial do Município diz que o oficial teria, “em tese”, infringido o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais, que prevê como dever do funcionário “proceder na vida pública e privada de forma a dignificar sempre a função pública”. 

“O prazo para conclusão dos trabalhos, que envolvem o depoimento pessoal do servidor e de testemunhas, é de cerca de 90 dias”, diz a assessoria da Procuradoria-Geral do Município (PGM).

No dia 16 de setembro, o Plural publicou uma reportagem que destaca trechos do boletim de ocorrência lavrado na ocasião do crime. À Polícia Civil, Toso disse ter dado dois tiros durante a ação: “Toso entrou na viatura, fez o procedimento de troca de munição para menos letal, saiu da viatura e efetuou dois disparos com o intuito de repelir essa injusta agressão, a uma distância de cerca de 20 metros.”

De acordo com a Guarda Municipal, o guarda está no estágio probatório, que dura três anos. Ele foi nomeado no dia 21 de março de 2019. “Após análise documental, de imagens e de depoimentos colhidos, a Corregedoria da Guarda Municipal concluiu o procedimento de investigação a respeito do atendimento à ocorrência na noite do dia 11 de setembro, no Largo da Ordem”, fala a assessoria do órgão. “A conclusão foi feita dentro do prazo estabelecido de 15 dias iniciais para a elaboração do documento, já encaminhado ao Comitê Técnico de Estágio Probatório (CTEP) da Procuradoria-Geral do Município, órgão que define sanções ao servidor envolvido.”

“A administração pública municipal está comprometida com o devido rigor na apuração dos fatos no âmbito administrativo, além de prestar todas as informações necessárias à  investigação criminal em curso, conduzida pela Polícia Civil, autoridade competente para a apuração de materialidade e autoria. Foram fornecidas testemunhas, imagens e evidências para auxiliar na conclusão do inquérito”, conclui a GM. 

Sobre o/a autor/a

3 comentários em “Prefeitura abre processo para exonerar guarda envolvido na ação que matou Mateus Noga”

  1. Bom dia Equipe Plural!
    Parabéns pelos esforços, tem mais meu amigo Léo…isso….aquele que jovem de moto que assassinaram na Br.
    Polícia de Curitiba e corrupta e está virando miliciana, temos que instalar câmeras nas fardas, tem muitos polícias bons sendo ameaçado por seus “irmãos de crime,ops, de farda”

  2. Ana Júlia Moreira

    A reportagem deveria ser; sem competência para tal processo, corregedoria da guarda municipal pede exoneração de guarda que defendeu a sua vida e da sua equipe. Mas a inversão de valores no nosso país está tão grande…. Sugiro que cobrem da administração pública a resposta sobre o processo contra atual comandante GM que anos atrás fez duvidosas e astronômicas horas extras, se isso é, “proceder na vida pública e privada de forma a dignificar sempre a função pública”. A sociedade de Curitiba está realmente perdida. Na real, a população não merece GM, PM, PC, PF, PRF, porquê no fundo oq a maioria apoia e acha lindo é o jeitinho brasileiro. Mas como diz na internet, “vocês não estão preparados para essa conversa”.

  3. Guarda municipal não é policial. Simples assim. Mas tem autoridade por aí que não entende e chama o chefe da guarda municipal de “comandante”. Agora que está feita a cag*** vão lavar as mãos e tentar exonerar o acusado? E a prefeitura, vai assumir a sua responsabilidade, ou vai fazer cara de paisagem? Minhas condolências a familia do rapaz.

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