A Roca Brasil Cerâmica, detentora da marca Incepa, confirmou nesta segunda-feira (13) a morte de seu diretor-presidente por Covid-19. Bruno Borer tinha 53 anos e era natural de Campo Largo, onde se localiza a maior fábrica da empresa. Ele faleceu no dia 8 de abril, com suspeita da doença, mas a confirmação só se deu com a contraprova do exame.
Inicialmente, conforme mostrou o Plural, a Incepa negou que a morte havia sido por coronavírus. Porém, no domingo (12), a Prefeitura de Campo Largo publicou uma nota que confirmou a primeira morte por Covid-19 no Município: um homem com a mesma idade e na mesma data de Bruno. “Trata-se de um homem de 53 anos que faleceu na quarta-feira (8) e teve o resultado positivo do exame confirmado no sábado (11)”, diz o texto.
Procurada novamente pelo Plural, a Incepa emitiu nova nota, na qual afirma que “após a realização de dois laudos que informaram como negativo para o Covid-19 – conforme a última comunicação realizada pela empresa em 09 de abril –, a contraprova revelada no dia de ontem (12) constou como positivo para o vírus”.
O presidente da empresa e outros 40 funcionários das áreas Comercial e Marketing participaram, em meados de março, de uma feira internacional de revestimentos em São Paulo, a Expo Revestir. O evento reuniu 62 mil pessoas, de 61 países.
Segundo a Incepa, logo após o retorno da feira, Borer ficou em quarentena, sentiu mudanças em seu quadro de saúde e foi hospitalizado. Todos os funcionários que participaram do evento e apresentaram sintomas também foram testados para a doença. Três deles foram contaminados, confirmou a empresa. “Estes residem em Curitiba, ficaram isolados e já estão recuperados, em bom estado de saúde.”
A Roca reafirma que prestou assistência integral a Bruno e sua família e que, “desde o início da pandemia, os colaboradores das áreas Administrativa, Jurídica, TI, Compras, Marketing, Financeira, Logística, Comercial e RH seguem trabalhando em sistema de home office”.
Com 917 funcionários na unidade de Campo Largo, e outros 331 em São Mateus do Sul (PR), “a Roca Brasil Cerâmica ampliou e intensificou os protocolos em todos os ambientes das fábricas, envolvendo desde a portaria, área de produção e até expedição. Na fábrica, todas as pessoas de grupo de risco estão em banco de horas, home office ou férias”, reforça a nota da Incepa.