MP apura represamento de dados da pandemia em Curitiba

Promotoria questiona "desencontro de informações" entre governo e prefeitura sobre números da covid-19

A Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público (MP) do Paraná abriu um procedimento para apurar a divergência dos números de casos e mortes por Covid-19 divulgados pela Prefeitura de Curitiba e pelo governo do Paraná.

Reportagem publicada hoje (14) pelo Plural apontou que 51,4 mil casos e 186 mortes ocorridas desde o início da pandemia em Curitiba não constam do balanço estadual, apesar de terem sido registradas pela prefeitura.

No procedimento, classificado como “notícia de fato”, o MP remeteu ofícios às secretarias Estadual e Municipal de Saúde, em que faz questionamentos sobre o que classifica como “desencontro de informações”.

Assinado pelo promotor Marcelo Paulo Maggio na última quarta-feira (9), o despacho estabelece um prazo de até sete dias para resposta dos órgãos de saúde aos dois ofícios.

“Diante dos indicativos de divergência entre os dados relacionados aos números de casos diagnosticados e de falecimentos por covid-19 levados a conhecimento público pelo Município de Curitiba quando comparados com os divulgados pelo Estado, quais providências se intenciona adotar, dentro de seu respectivo campo de competências, para o mais rapidamente solucionar esse desencontro de informações?”, questiona o promotor, em trecho de ambos os documentos.

O MP também pede explicações sobre a forma como a prefeitura insere os dados estatísticos e se o governo percebeu a ocorrência de algum tipo de represamento.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério Público informou na tarde desta segunda-feira (14) ao Plural que o órgão ainda aguarda as respostas dos dois órgãos de saúde envolvidos.

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2 comentários em “MP apura represamento de dados da pandemia em Curitiba”

  1. Valter Antonio Maier

    O Ministério Público ao aguardar a resposta dos dois órgãos (Prefeitura e Estado) fez aumentar os casos e mortes que hoje (12/02/21) chegam a 56.095 casos e 390 mortes. Que agilidade é essa?

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