A eleição parcial para o Conselho Tutelar de Curitiba que aconteceu neste domingo, dia 10 de novembro, teve participação menor que na primeira votação e inúmeros casos de boca de urna e transporte ilegal de eleitores. Mas o pleito, apesar disso, decorreu sem problemas e teve o encerramento da apuração pouco antes das 20 horas, já com todos os resultados divulgados.
No total, 15.520 eleitores compareceram aos locais de votação, menos que os 16 mil que participaram na primeira votação nestas regionais, mas ainda uma participação significativa para um dia de chuva.
Enquanto os eleitos comemoram, novos pedidos de impugnação devem ser apresentados principalmente pelo Ministério Público, que fiscalizou os pleitos nos locais de votação, e podem alterar o resultado final. Durante todo o dia os promotores flagraram transporte ilegal de eleitores e a entrega de santinhos, o que caracteriza boca de urna, ambos crimes previstos na legislação.
A prática de entregar santinhos impressos e virtuais foi tão evidente em alguns lugares que até membros identificados do Ministério Público receberam a propaganda. Na redação do Plural, uma candidata envio um santinho no início do dia de votação via Whatsapp. Nos dois casos está caracterizada a boca de urna, uma vez que qualquer propaganda só poderia ser divulgada até a última quinta-feira, 23h59.
Além disso, ainda estão pendentes os julgamentos dos pedidos de impugnação relativos a primeira votação.
Bairro Novo
Na regional do Bairro Novo a movimentação de eleitores se intensificou a partir das 10 horas. Segundo fiscais e eleitores que haviam comparecido na eleição de 6 de outubro, era evidente o fortalecimento na fiscalização em comparação à eleição anterior.
A maioria dos eleitores não notou nenhuma irregularidade durante o processo de hoje, alguns chegaram a elogiar o auxílio dos fiscais. No entanto, uma das eleitoras apontou para um dos problemas em uma das urnas: ao apertar o número do candidato desejado, outro número aparecia. Ela só conseguiu, de fato, colocar o número do candidato após corrigir duas vezes. Ao ser procurado, um dos fiscais respondeu que era provavelmente um problema na tecla.
Por volta das onze e meia, um ônibus estacionou próximo a escola. O MP foi verificar, mas o motorista justificou-se falando que estava simplesmente
transportando sua família. O MP não registrou tal acontecimento na ata de irregularidades.
Colaboraram os alunos Aline Taveira, Isadora Deip, Marina Prata, Andrey Ribeiro e Mariana Scavassin, do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica sob a orientação do professor Renan Colombo.