O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou a continuidade de Ricardo Marcelo Fonseca à frente da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) até 2024. A nomeação saiu em decreto publicado nesta quinta-feira (10) e encerra um dos processos de definição de gestão mais polêmicos da história da instituição.
A recondução corrobora a decisão da comunidade acadêmica da universidade. Ao lado da candidata a vice-reitora Graciela Ines Bolzon de Muniz, Fonseca foi eleito, em setembro, com 83% dos votos em consulta a professores, alunos e servidores. Mas diante de novo entendimento do Ministério da Educação (MEC) a respeito da formação da Lista Tríplice – que deveria ter obrigatoriamente três nomes, e não dois, como havia até então – o processo precisou ser refeito.
A nova exigência do MEC levou a uma eleição interna do Conselho Universitário (Coun), na qual Fonseca e Muniz foram novamente os mais votados. Eles superaram, respectivamente, professores Marcos Alexandre dos Santos Ferraz e Maria Rita de Assis Cesar; e Nelson Luis Barbosa Rebellato e Regiane Regina Ribeiro – todos candidatos inscritos nos novos prazos abertos pelo Colégio Eleitoral.
A reorganização acabou deixando de fora da Lista os docentes Horácio Tertuliano e Ana Paula Cherobim, da chapa 1, que haviam disputado o processo desde o início. Alinhada ao presidente Jair Bolsonaro, a dupla alegou ilegalidade e pediu à Justiça a anulação do ato que redefiniu os critérios de formação da Lista. Em duas instâncias, o recurso foi negado.
A manutenção de Fonseca no cargo tinha o apoio da bancada federal do Paraná no Congresso. Tanto deputados como senadores chegaram a encaminhar ofícios ao presidente da República pedindo que a gestão do atual Reitor continuasse.
Nomeação tinha tons de incerteza
A decisão de Bolsonaro sobre a nomeação na UFPR era tida como incerta até o início da semana. Isso porque o presidente não tem mais seguido à risca a tradição das instituições federais de nomear o candidato mais votado pela comunidade acadêmica. Até agora, pelo menos 14 eleitos internamente não foram empossados pelo Governo Federal – postura questionada em uma carta enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (4).
Em decretos mais recentes, Bolsonaro nomeou o último colocado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o penúltimo da lista da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Em 23 de novembro, o Ministério da Educação (MEC) chegou a definir uma reitora interina para a Universidade Federal do Sergipe (UFS) depois de suspender o processo interno de escolha do reitor. O trâmite foi paralisado sob suspeitas de irregularidades denunciadas ao Ministério Público Federal (MPF) pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Associação dos Docentes da UFS (Adufs).
Na última terça-feira (8), reitores eleitos e que não foram nomeados fizeram um ato semipresencial na Universidade de Brasília (UNB) para cobrar do Governo Federal o cumprimento do resultado das eleições nestas Instituições Federais.
No Paraná ao menos venceu o bom senso, coisa que este presidente que ocupa o cargo mas não exerce não tem. Vai ser trabalhoso um outro governo que venha refazer as coisas no País de maneira democrática e sem caça as bruxas e desmonte da coisa publica como vem fazendo esse governo incompetente..
Tremenda petista pelas suas palavras.
Lindissima fotografia da Universidade !
Enfim a nossa Universidade poderá continuar seu trabalho com o Prof. Ricardo Marcelo.