O PDT de Gustavo Fruet deu início nesta semana a um processo que pretende preparar o partido para a eleição do ano que vem, e que deve começar com a expulsão de dois dos cinco vereadores da legenda em Curitiba. Zezinho do Sabará e Toninho da Farmácia responderão por infidelidade às decisões do partido – ambos votaram sistematicamente com Rafael Greca (DEM), mesmo nos casos em que o diretório fechou questão contra o prefeito.
A votação que deu início à divergência foi o ajuste fiscal promovido por Greca já no primeiro ano de gestão, em 2017. Os dois vereadores votaram, entre outras coisas, pela suspensão do plano de carreiras dos servidores, uma das meninas dos olhos da gestão de Fruet, encerrada meses antes. O partido tinha decidido que seus cinco vereadores deveriam votar em bloco contra a proposta de Greca.
Caso sejam expulsos e a decisão acabe confirmada pela Executiva estadual, os vereadores provavelmente perderão o mandato. A decisão cabe à Justiça Eleitoral, mas tem sido comum o entendimento de que o mandato pertence ao partido, não ao parlamentar. Nesse caso, os dois próximos suplentes do PDT seriam chamados para as vagas.
“Temos que ter um mínimo de organicidade no partido”, diz Fruet, presidente municipal do partido e provável candidato a prefeito em 2020. “Precisamos passar um recado inclusive para os candidatos que vão participar da nossa chapa de vereadores no ano que vem”, afirma. Ou seja: quem procurar o PDT saberá que não vai precisar enfrentar vereadores com 5 mil votos e apoio do prefeito dentro da chapa.