Patrimônio médio na CCJ, que vota Reforma da Previdência, é de R$ 4,1 milhões

Perfil de deputados nada tem a ver com o dos beneficiários afetados pelas novas regras

O destino da aposentadoria dos brasileiros começa a ser julgado no Congresso, nos próximos dias, por deputados que nem de perto têm o perfil dos beneficiários do INSS. Levantamento do Plural mostra que o patrimônio médio declarado pelos integrantes da CCJ, a primeira comissão a votar a Reforma da Previdência, é de R$ 4,1 milhões.

A maioria (50,7%) declarou à Receita Federal em 2017 patrimônios acima de R$ 1 milhão. O deputado com maior patrimônio declarado é Luiz Flávio Gomes, do PSB. Ele disse em seu Imposto de Renda ter bens que somavam R$ 119 milhões.

Embora o governo federal insista na tecla de que a reforma ajuda a corrigir distorções, passando a cobrar alíquotas mais altas de quem ganha mais, é inegável que os mais prejudicados pelas mudanças no sistema de seguridade são os mais pobres, que muitas vezes têm no dinheiro da aposentadoria a única renda na velhice.

Hoje, perto de dois terços dos aposentados brasileiros que recebem pelo INSS têm pagamento equivalente a um salário mínimo.

Os dados da tabela abaixo são referentes à última declaração feita pelos políticos. A cada eleição, os candidatos precisam informar os dados de seu último ajuste de contas com o Imposto de Renda, que se tornam públicos.

Luiz Flávio Gomes (PSB)R$ 119.000.000
Afonso Motta (PDT)R$ 21.345.000
Genecias Noronha (SD)R$ 19.044.000
Josimar Maranhãozinho (PR)R$ 14.591.000
Bilac Pinto (DEM)R$ 10.619.000
Celso Maldaner (MDB)R$ 10.325.000
Edilázio Jr. (PSD)R$ 5.362.000
Herculano Passos (MDB)R$ 4.991.000
João Roma (PRB)R$ 4.494.000
Sheridan (PSDB)R$ 3.297.000
Gil Cutrim (PDT)R$ 3.191.000
Alceu Moreira (MDB)R$ 2.685.000
Darci de Matos (PSD)R$ 2.470.000
Marcio Biolchi (MDB)R$ 2.316.000
Júnior Mano (Patri)R$ 2.197.000
Eduardo Bismarck (PDT)R$ 2.071.000
Delegado Éder Mauro (PSD)R$ 2.014.000
Arthur Maia (DEM)R$ 1.789.000
Fabio Trad (PSD)R$ 1.696.000
Gilson Marques (Novo)R$ 1.682.000
Paulo Azi (DEM)R$ 1.671.000
Eduardo Cury (PSDB)R$ 1.641.000
Bia Kicis (PSL)R$ 1.538.000
Sergio Toledo (PR)R$ 1.501.000
Luis Tibé (Avante)R$ 1.468.000
Aguinaldo Ribeiro (PP)R$ 1.458.000
Gleisi Hoffmann (PT)R$ 1.452.000
Hiran Gonçalves (PP)R$ 1.406.000
Delegado Marcelo Freitas (PSL)R$ 1.362.000
Marcelo Aro (PHS)R$ 1.327.000
João Campos (PRB)R$ 1.276.000
Paulo Abi-Ackel (PSDB)R$ 1.182.000
Paulo Pereira da Silva (SD)R$ 1.113.000
Leo Moraes (Pode)R$ 964.000
Danilo Cabral (PSB)R$ 949.000
Luizão Goulart (PRB)R$ 934.000
Samuel Moreira (PSDB)R$ 796.000
Lafayette de Andrada (PRB)R$ 751.000
Nicoletti (PSL)R$ 703.000
Wilson Santiago (PTB)R$ 687.000
Felipe Francischini (PSL)R$ 665.000
José Guimarães (PT)R$ 658.000
Julio Delgado (PSB)R$ 650.000
Geninho Zuliani (DEM)R$ 639.000
Beto Rosado (PP)R$ 582.000
Pastor Eurico (Patri)R$ 580.000
Paulo Teixeira (PT)R$ 569.000
Patrus Ananias (PT)R$ 561.000
Marcelo Ramos (PR)R$ 558.000
Maria do Rosário (PT)R$ 547.000
Delegado Waldir (PSL)R$ 481.000
Margarete Coelho (PP)R$ 422.000
Renildo Calheiros (PCdoB)R$ 406.000
Alencar Santana (PT)R$ 366.000
Caroline de Toni (PSL)R$ 312.000
Subtenente Gonzaga (PDT)R$ 237.000
Clarissa Garotinho (Pros)R$ 190.000
Daniel Freitas (PSL)R$ 183.000
Diego Garcia (Pode)R$ 124.000
João H. Campos (PSB)R$ 123.000
Enrico Misasi (PV)R$ 114.000
Expedito Neto (PSD)R$ 88.000
Joenia Wapichana (Pede)R$ 30.000
Talíria Petrone (Psol)R$ 6.000
Paulo Martins (PSC)R$ 2.000

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