A Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (10) manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brasão (Sem Partido-RJ), apontado pelos assassinos como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. A votação terminou com 277 votos pela manutenção da prisão preventiva, 129 contrários e 29 abstenções.
A legislação brasileira determina que a prisão de deputados federais tenha de ser autorizada pela Câmara. O processo foi votado na CCJ e em plenário no mesmo dia, após negociações entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o colégio de líderes.
No Paraná, quatro deputados da direita votaram pela libertação do mandante do assassinato. São eles Filipe Barros (PL), Giacobo (PL), Tião Medeiros (PP) e Vermelho (PL). Outros três se abstiveram: Beto Richa (PSDB), Marco Brasil (PP) e Reinhold Stephanes Jr. (PSD).
Veja a lista completa dos votos abaixo.
Pela prisão
Aliel Machado (PSB)
Carol Dartora (PT)
Delegado Matheus Layola (União)
Diego Garcia (Republicanos)
Felipe Francischini (União)
Geraldo Mendes (União)
Gleisi Hoffmann (PT)
Luciano Alves (PSD)
Luciano Ducci (PSB)
Luisa Canziani (PSD)
Luiz Carlos Hauly (Podemos)
Luiz Nishimori (PSD)
Paulo Litro (PSD)
Rodrigo Estacho (PSD)
Sargento Fahur (PSD)
Sergio Souza (MDB)
Tadeu Veneri (PT)
Toninho Wandscheer (PP)
Welter (PT)
Zeca Dirceu (PT)
Contra a prisão
Filipe Barros (PL)
Giacobo (PL)
Tião Medeiros (PP)
Vermelho (PL)
Abstenção
Beto Richa (PSDB)
Marco Brasil (PP)
Reinhold Stephanes Jr (PSD)
Não votaram
Dilceu Sperafico (PP)
Pedro Lupion (PP)
Padovani (União)
O neofascismo é profundamente cafajeste. Lembram-se do Roberto Cafajeferson?
O que dizer quando alguém que tem poder nas mãos é contra a prisão de um (comprovadamente) assassino (seja pelo voto vergonhosamente declarado, abstenção, escapismo ou silêncio notoriamente oportunista)?
Subserviência? Coadjuvação? Cumplicidade? Hipocrisia? Excrescência?
Basta ter os olhos abertos; é fácil identificar.
“Toda árvore é reconhecida pelos frutos que produz. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas.” Lucas 6:44
O neofascismo (NF) é fácil de combater. Qualquer pedra que se atire nele a partir do campo democrático e progressista pega numa vidraça. Já o maior prejudicado pelo neofascismo é a direita democrática (DD), séria, austera, republicana. DD é quem perde espaço político, votos, seguidores, para NF. Vejam o que aconteceu com o PSDB em face do neofascismo bolsonarista. Da direita democrática ao neofascismo, a distância é um passo. Mas esse passo é o que separa os Aliados, de um lado, do Eixo, do outro lado, na II Guerra. Se vc íntegra o campo progressista, incluindo a esquerda democrática, trate de fazer amigos na direita democrática. Eles serão os nossos aliados na luta contra o neofascismo. Às vezes até os melhores aliados.
A distância que vai de uma direita democrática ao neofascismo é a distância que separava os inimigos na II Guerra. DD, Winston Churchill; e NF, Adolf Hitler. Sempre bom deixar esta linha nitidamente demarcada. Com DD, sempre será possível estabelecer alianças e coalizões para a defesa das regras de convivência e de resolução de controvérsias. Com o NF, o tratamento é na melhor hipótese o de manter a distância, isolando-os. Bom lembrar também que o Brasil já enviou uma força expedicionária (a FEB) à Itália para combater o fascismo.