Bloqueios golpistas: grupos de whats tiveram participação de guardas municipais

Os grupos de whatsapp usados para convocar manifestações em frente a quarteis das Forças Armadas e bloqueios em rodovias do país para pedir intervenção militar contaram com a participação de guardas municipais de São José dos Pinhais. A reportagem do […]

Os grupos de whatsapp usados para convocar manifestações em frente a quarteis das Forças Armadas e bloqueios em rodovias do país para pedir intervenção militar contaram com a participação de guardas municipais de São José dos Pinhais. A reportagem do Plural registrou mensagens com estímulo às manifestações, defesa de intervenção militar e fake news enviadas por guardas da equipe da Secretaria Municipal

O Plural acompanhou desde domingo, dia 30, três grupos que reuniram mais de 500 pessoas, parte de uma estrutura que, como noticiamos, havia servido a campanha de Jair Bolsonaro na região. Entre as mensagens, convocações para os atos, ataques a integridade da eleição e muita fake news, parte delas compartilhada por quem deveria zelar pela segurança pública.

Foram dois os guardas flagrados pelo Plural nos grupos: Marcio Luiz Catini e Roberto Ademir Lino. Ambos disseram ao Plural ter entrado nos grupos por curiosidade e negaram ter estimulado os protestos. “Errei. A gente acaba se empolgando”, explicou Catini. “Não tem nada a ver”, afirmou Lino. Lino também informou que está em licença prêmio e que só entrou nos grupos “como cidadão”.

O Plural entrou em contato com a Secretaria Municipal de Segurança de São José dos Pinhais, que pediu o envio das mensagens, vídeos e prints dos guardas para “investigar”. Mas até o fechamento dessa reportagem não houve retorno nem confirmação de recebimento das informações. É de São José dos Pinhais o vereador que admitiu ter cedido grupos de campanha de Bolsonaro para os organizadores dos bloqueios.

A presença de guardas municipais entre os que promoveram as manifestações por intervenção militar é grave especialmente após as notícias de prevaricação das autoridades policiais diante dos desrespeito a decisões judiciais e ao direito de ir e vir da população. Além de pedir a interferência das Forças Armadas no processo democrático, os bloqueios incomodaram a vizinhança dos quarteis e registraram casos de violência contra eleitores do presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva.

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2 comentários em “Bloqueios golpistas: grupos de whats tiveram participação de guardas municipais”

  1. Excelente trabalho ao grupo Plural. Esse baderneiros precisam ser identificados e punidos ao rigor da lei. Atos antidemocráticos são uma afronta a nossa democracia e devem ser veementemente refutados.

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