Os grupos de whatsapp utilizados para estimular e promover protestos e bloqueios de vias em Curitiba e região metropolitana eram antes parte da campanha do candidato derrota à presidência, Jair Bolsonaro (PL) na região. A informação é do vereador Renan Machado (PL), de São José dos Pinhais, que também é presidente do partido na cidade. Segundo ele, os grupos – um total de quatro – eram parte da campanha do presidente e foram cedidos por ele “para a população”.
Machado nega, no entanto, ter qualquer envolvimento com a organização dos atos e bloqueios de estradas que impediram o trânsito entre Curitiba e Santa Catarina desde a noite de domingo, dia 30 de outubro. Mas afirma parabenizar e respeitar o que chama de “manifestação popular”. “Não é política, é popular”, diz (confira o áudio na íntegra abaixo).
O Plural havia identificado como parte dos grupos a mulher de Machado, Barbara Mayer Machado. Antes de conseguir contato com o vereador, a reportagem conversou com Barbara, que disse estar só acompanhando. “Não temos envolvimento. Só estamos repassando informações oficiais”, explicou, sem detalhar o que exatamente seriam “informações oficiais”.
Apesar de responsável pela criação e cessão dos grupos, Machado nega qualquer envolvimento com os protestos. Ele também defende que os bloqueios são “pacíficos” e não causaram prejuízo. Quando questionado sobre os reflexos das manifestações no preço dos combustíveis, ele afirmou ter pedido ao Procon que fiscalize abusos e que as consequências “não podem ser atribuídas aos manifestantes”.
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São a cara do fascismo: cinismo e ignorância. E feiúra.