A tempestade desta segunda-feira (30) pode ter causado a ilusão de que, apesar dos estragos causados, ajudaria a resolver o problema da falta crônica de água em Curitiba. Não foi o que aconteceu: apesar dos ventos fortes e da chuva, só houve precipitação de 15 milímetros na cidade, o que não é suficiente nem para começar a diminuir a estiagem.
A cidade sofre um dos anos com menor quantidade de chuvas nos últimos quarenta anos, o que levou o governo do estado a decretar emergência hídrica. A Sanepar organizou um rodízio de corte de água em toda a cidade. A cada cinco dias, os moradores ficam 36 horas sem abastecimento.
A situação de três das quatro represas responsáveis pelo abastecimento de água potável na cidade continua grave. A barragem do Passaúna está com 38% de sua capacidade, e a Piraquara 1, com 34%. A situação mais drástica é a do Iraí, que baixou nesta semana de 17% para 16%. Apenas a represa Piraquara 2 está normal, com 94% de sua capacidade.
A previsão da meteorologia e da própria Sanepar é de que só a chegada do verão, no final do ano, poderá mudar o quadro de maneira mais sensível, com o período de chuvas que se inicia em novembro. Até lá, o pedido é para que os moradores não desperdicem e usem a água potável com cuidado.