No frio, PR terá só R$ 482 por pessoa em situação de rua em 58 cidades

Valor deveria financiar abrigos para pessoas em situação de risco durante todo o inverno

O Governo do Paraná prevê transferir R$ 482 por pessoa em situação de rua em 58 cidades de quatro regionais. Os recursos – que somam R$ 4,2 milhões – são do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) e serão aplicados sob a rubrica do programa Vidas Aquecidas. O valor previsto é para atendimento de 8.671 pessoas em situação de rua registradas no Cadastro Único durante todo período de inverno, que vai de junho a setembro.

O dinheiro poderá ser usado pelas prefeituras das 58 cidades contempladas no pagamento de acolhimento provisório na rede hoteleira, na implantação ou manutenção de alojamentos provisórios, na ampliação das unidades de acolhimento institucional ou na concessão de benefícios eventuais por vulnerabilidade temporária.

Dos 58 municípios inscritos no programa, Curitiba irá receber a maior fatia dos recursos: R$ 350 mil. Mas é também a cidade com o menor valor por pessoa atendida: R$ 78,65. A região metropolitana de Curitiba como um todo tem, segundo o programa, 7.323 pessoas em situação de rua no Cadastro Único e receberá R$ 2,6 milhões (R$ 359 por pessoa). Em segundo lugar a região mais contemplada é a de Ponta Grossa, com R$ 1 milhão para 1110 pessoas (R$ 242 por pessoa).

Segundo o Instituto Nacional de Metereologia (INMET), o inverno de 2024 deve ser mais frio que o de 2023, quando as temperaturas foram amenizadas pelo fenômeno El Niño. A previsão do Simepar é semelhante. “A previsão do desenvolvimento da La Niña durante a estação de inverno de 2024 é corroborada pelos prognósticos dos modelos dinâmicos e estatísticos dos principais centros de previsão de clima do mundo”, diz o boletim climático da instituição.

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1 comentário em “No frio, PR terá só R$ 482 por pessoa em situação de rua em 58 cidades”

  1. Valnei Francisco de França

    Precisamos sair da Idade Média, as pessoas em condições de vulnerabilidade precisam e devem ter o apoio da Sociedade e dos governos que a representam. Todos sorriem quando aprovam leis e se dizem respeitadores da Constituição e afins, mas então qual o motivo da míngua de tantas vidas que jazem nas ruas e praças da vida? As pessoas e Instituições esquecem, quando saem da porta, de olhar prós lados, mas calçadas, debaixo de pontes e viadutos, na relva e enxergarem a dor da pobreza. Todos se acham até cristãos.

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