Um ciclone formado no Rio Grande do Sul e uma frente fria causaram estragos enormes nesta terça-feira (30) em Curitiba. Houve, ainda, granizo e chuva forte na capital e na Região Metropolitana. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, foram 77 destelhamentos e 632 solicitações para cortes de árvores ou galhos grandes, em decorrência de quedas por conta do temporal. Apesar dos estragos do temporal em Curitiba, a cidade não registrou feridos ou desabrigados.
O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), registrou rajadas que chegaram a ultrapassar os 97,9 km/h. Segundo o meteorologista Lizandro Jacobsen, do Simepar, a última vez em que foi registrado algo parecido na cidade foi em maio de 2019, mas naquela ocasião os ventos no Jardim das Américas (onde fica a estação de medição) ficaram em 80 km/h.
No interior, em cidades como Dois Vizinhos, o vendaval chegou a incríveis 120 km/h, causando ainda mais estragos. Apesar disso, a chuva foi fraca. Em Curitiba, a estação registrou apenas 15 mm de precipitação.
Quem precisa comunicar a queda de árvores pode fazê-lo pela Central do 156, pelo site ou pelo aplicativo do serviço. A prioridade do atendimento é com base na ordem de chamada dos pedidos e conforme a gravidade da situação. A orientação da Defesa Civil é que, durante temporais – como o registrado ontem – as pessoas evitem sair de casa, e não procurem abrigo embaixo de árvores ou estruturas metálicas.
Sem energia
A capital paranaense tem 28 mil domicílios (mais ou menos 100 mil pessoas) sem energia elétrica no momento, outros dos estragos do temporal em Curitiba. Em todo o Paraná 1,2 milhão de locais, entre residências e estabelecimentos, estão sem o serviço. Quase dois terços desse número na região Leste do estado, que concentra 2.562 pontos de restauração na rede de energia. Na região Oeste a Companhia de Energia informa que há 1.610 ocorrências para atendimento das equipes, no Centro-Sul são 918, enquanto no Noroeste há 434 serviços, e no Norte, que sofreu menos com o ciclone bomba, 174.
A interrupção no fornecimento de energia aconteceu, principalmente, por queda de árvores ou outros objetos na rede, além dos ventos e raios. Segundo a Copel, os reparos necessários para restabelecer o serviço são, em muitas situações, complexos e pode demandar a reconstrução de parte da rede elétrica. Por isso não há uma previsão geral para retorno da energia. “A previsão de religação varia caso a caso, de acordo com a dimensão das avarias provocadas pelo temporal na localidade em questão e do tipo de manutenção requerida”, diz a nota da empresa.
Casos em que a falta de luz acontece em trechos menores, bem como situações de risco como postes quebrados e fios partidos, precisam ser reportados pelos consumidores. A comunicação pode ser feita pelo aplicativo para celulares, ou enviando um SMS para o número 28593, com as letras “SL” e o número da unidade consumidora. Vale lembrar que nos casos em que há situações de risco com fios expostos é necessário manter distância por questões de segurança.