Carlos Simões, o radialista que tentou ser prefeito de Curitiba

Ele faleceu em um acidente de trânsito

Carlos Xavier Simões nasceu em Verê, sudoeste do Estado, em 17 de outubro de 1958. Em 2006 foi eleito pela última vez como deputado estadual, com mais de 32 mil votos. Antes de ser político, Simões era radialista, o que o fez conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de Curitiba em 1991. Depois disso, em 1996, concorreu ao cargo de prefeito da capital pelo PSDB, sendo o principal opositor de Cássio Taniguchi (PDT no pleito, atualmente no PSD), o vencedor da disputa.

O ex-deputado estadual faleceu na noite de quarta-feira (13), vítima de acidente de trânsito.

Simões era divorciado e tinha 63 anos. Ele dirigia uma caminhonete que colidiu de frente com um caminhão na rodovia BR-116, entre Mandirituba e Fazenda Rio Grande. Uma ambulância também foi envolvida na colisão.

O ex-deputado chegou a ser socorrido pelas equipes dos bombeiros, mas morreu logo após ser encaminhado ao Hospital do Trabalhador. Em nota, o hospital informou que Simões chegou ao local “em parada cardiorrespiratória e não respondeu as manobras de reanimação vindo a óbito.”

O velório de Simões será nesta quinta-feira (14) à tarde, no salão ecumênico da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A Mesa Diretora da Assembleia lamentou a morte do ex-parlamentar, que atuou em cinco legislaturas estaduais. Ele foi membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e das Comissões de Redação e de Segurança Pública.

Repercussão

Pelas redes sociais internautas manifestaram pesar pelo falecimento de Carlos Simões. Ney Leprevost (PSD) disse que ele foi um “fenômeno de popularidade”. “Prefiro lembrar dele como o personagem simpático e combativo do rádio”, continuou.

“Meus sinceros sentimentos e solidariedade à família e amigos do Carlos Simões”, publicou o senador Álvaro Dias (Podemos).

Cassação

Em 2009, o Tribunal Regional Eleitoral cassou o mandato de Simões, então deputado pelo PTB, por abuso de poder e utilização indevida de meios de comunicação. A decisão foi mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), ele usava o programa de TV para oferecer cadeiras de rodas, óculos, inaladores, fraldas e dentaduras para a população durante o período eleitoral.

Anos depois, em 2012, foi preso pela Polícia Militar (PM) durante o caso “máfia dos gafanhotos”, uma operação da Polícia Federal (PF) que investigou um esquema de peculato e funcionários fantasmas na Alep. À época, a operação foi deflagrada justamente por uma denúncia feita por uma bancária que foi acusada de fraudar o imposto de renda e não declarar rendimentos vindos da Alep. Ela nunca havia trabalhado no local, mas estava nomeada justamente no gabinete de Simões.

Desde então se dedicava aos negócios e estava afastado da vida pública.

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