Vacinação em Curitiba: só 2% do público estimado já está imunizado

Pouco mais de 12 mil pessoas já tomaram as duas doses. Se contar quem recebeu só a primeira dose, 9% dos curitibanos foram vacinados

Dois novos lotes de vacinas Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan em São Paulo, e AstraZeneca, importado do Instituto Serum, na Índia, foram entregues em Curitiba neste dia 25 de fevereiro. Com isso, a cidade totalizou 121.660 doses recebidas, o suficiente para apenas 8,8% do público estimado no plano municipal de vacinação.

Até o momento, só 2% das pessoas de grupos prioritários para vacinação estão totalmente imunizadas, ou seja, já tomaram as duas doses da vacina, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Se contabilizarmos também quem recebeu só a primeira dose, 9% dos 692,5 mil pessoas integrantes dos grupos prioritários na Cidade foram vacinadas.

Já receberam a primeira dose da vacina 82% das 6.000 pessoas previstas no grupo de moradores e trabalhadores de instituições de longa permanência e 62% dos trabalhadores da Saúde, segundo a Sesa. Dos 270 mil idosos com mais de 60 anos da Cidade, 6% receberam o imunizante.

Só dois grupos prioritários tiveram 100% de seus integrantes vacinados (1ª dose): os 128 aplicadores de vacinas e 73 indígenas.

Esses números mostram o quão lentamente a vacinação está avançando na Capital (e no restante do país também). A razão é uma só: falta de doses dos imunizantes. Em entrevista esta semana à CBN, a secretária municipal de Saúde, Marcia Huçulak, disse que a as equipes de vacinação da cidade poderiam aplicar cinco mil doses em um único dia, mas o estoque de vacinas é limitado.

Na mesma entrevista, ela admitiu que o sistema de Saúde de Curitiba está a beira de um colapso. Nos últimos cinco dias, a cidade viu um aumento rápido de casos e óbitos, assim como de pessoas internadas com a doença.

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