Palhaços disputam a Taça Pavê de improviso em evento on-line e gratuito

Diversidade e pluralidade de linguagem marcam a segunda edição da Copa Pavê

“Sua vida está sem graça?

Está cansado(a) dessa pandemia que parece não ter fim?

Nós temos a solução.

Eis que ela está de volta,

a tão aclamada e saborosa COPA PAVÊ.”

Longe dos palcos e das ruas, mas não do público. Em meio à pandemia do coronavírus, a palhaçaria curitibana se reinventa e resiste. Durante os meses de fevereiro e março, palhaços e palhaças de todo o Brasil estendem suas lonas no gramado da internet para a segunda edição da Copa Pavê, uma competição online de improvisação à moda dos shows de calouros.

Artistas e personalidades de importância no cenário nacional compõem a bancada de jurados, como Joel Vieira (Porta dos Fundos), Angelica Martins (Colunista Universa – UOL e ex-BBB), Fabio Lins (ator, humorista e apresentador do Prêmio Multishow de humor), Cadu Scheffer (ator e criador do grupo Tesão Piá), e Rogerio Galindo – ele mesmo, um dos fundadores do Plural –, dentre outros. 

A cada rodada, a bancada de jurados será formada por um personagem, um artista com atuação no humor ou personalidade da TV e internet e um júri técnico. “Essa composição de jurados tem sido muito legal, porque os personagens vêm de universos bem variados. Tem um personagem que é mais amargurado, um que ama a vida e tudo é lindo. A gente foi convidando personagens que têm essas características distintas justamente pra abrir o olhar mesmo, para que as notas dos jurados contemplem todas as possibilidades. A linguagem da palhaçaria é muito ampla e agente queria de alguma forma trazer essa pluralidade da linguagem para o olhar dos jurados”, diz Edran Mariano, Diretor de Produção da Copa Pavê

As notas dos jurados são somadas a média da votação do público ao final de cada noite. Quem não é eliminado, segue na competição rumo à última etapa, que acontece no dia 22 de março com quatro finalistas.

A disputa pela aclamada e saborosa Taça Pavê é séria e acirrada, mas o propósito do evento, de acordo com Edran, é a diversão: “Tudo é uma grande brincadeira.” As disputas são, na verdade, apenas um pretexto para palhaços e palhaças de diferentes linguagens, lugares e atuações criarem, apresentarem e se relacionarem.

E o improviso não está apenas nas cenas, mas diluído por toda a competição, desde o jogo de cintura para lidar com falhas na internet, até a interação do público pelo chat. “Às vezes o que o público fala no chat, vem para a cena, porque o palhaço que está ali sacou que no chat está tendo essa conversa. Então não estamos no presencial, mas temos a proposição de ter a relação, a interação, mesmo que pelas redes da internet”, afirma o diretor.

A primeira edição, que aconteceu em outubro e novembro de 2020, foi realizada também no improviso, de forma independente, e contou majoritariamente com artistas locais. Edran conta que a ideia era dar espaço para o artista trabalhar em um contexto de isolamento social e confinamento. Desta vez, com apoio da Fundação Cultural de Curitiba e verba do Ministério do Turismo através da Lei Aldir Blanc, o evento ganha proporções nacionais e oferece, além da tradicional Taça Pavê, um prêmio em dinheiro para os quatro primeiros colocados. 

As apresentações, gratuitas e para todas as idades, são exibidas ao vivo no canal do youtube da COPA PAVÊ, sempre as 20h30. Veja as datas:

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