RMC não fechará comércio nem parques aos domingos

Diferente da Capital, cidades vizinhas liberam atividades não essenciais também no fim de semana

A tentativa de Curitiba em decretar regras mais rígidas para conter o avanço da Covid-19 pode esbarrar no afrouxamento de cidades vizinhas, que continuam autorizando o funcionamento de atividades não essenciais aos domingos, ao contrário da Capital. Mesmo com novos decretos publicados, as cidades restringiram poucas atividades, como eventos, festas e atividades coletivas.

Enquanto em Curitiba nenhum comércio pode abrir aos domingos, por conta da Bandeira Laranja, nos 28 municípios que compõem a Região Metropolitana (RMC) não há restrição de horários, apenas de madrugada, das 23h às 5h, quando o toque de recolher vale para todo o Estado, ficando também proibida a venda de bebidas alcoólicas.

Apesar de cada município decretar suas próprias medidas sanitárias contra o coronavírus – que provoca aumento recorde dos casos e mortes –, o tema foi discutido com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec).

Durante o Fórum Metropolitano de Municípios, realizado nesta segunda-feira (7), prefeitos não aceitaram a sugestão de fechar o comércio aos domingos. A decisão deve dificultar a contenção da Covid-19 também na Capital, já que muitos curitibanos podem decidir fazer compras ou passear na vizinhança.

Na maior cidade vizinha

Em São José dos Pinhais (SJP), a maior cidade da RMC depois de Curitiba, o decreto municipal 4131/20, publicado nesta terça-feira (8), proíbe shows, circos, teatros, cinemas, eventos corporativos, congressos, casas noturnas e tabacarias. No entanto, não fecha igrejas, academias e nenhum outro tipo de comércio, como feiras livres, supermercados ou bares. Nestes, está proibida música ao vivo e pista de dança.

Os frequentadores dos bares de SJP, porém, deverão ir embora até às 21h e precisarão fazer um cadastro, para serem rastreados em casos confirmados de Covid-19 no estabelecimento.

SJP contabiliza 7.891 casos da doença e 240 mortes por coronavírus. Já não há mais nenhuma vaga nos hospitais da cidade há semanas e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) seguem lotadas e sem leitos disponíveis.

Na Capital, a taxa de ocupação dos leitos SUS/Covid é de 94%, com média de 1,3 mil casos e 11 óbitos diários por coronavírus na última semana.

Profissionais já falam em colapso no sistema de saúde. Foto: Plural.jor

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