Polícia Civil investiga caso de violência contra mulher na PUCPR 

Segundo o centro estudantil da universidade, pelo menos dois casos de ataques a estudantes foram registrados no campus de Curitiba em março

Um caso de violência contra a mulher ocorrido dentro da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, só em março, pelo menos dois casos de violência de gênero foram registrados no campus de Curitiba. As situações, que vão de importunação sexual à agressão física, foram denunciadas pelas vítimas ao centro estudantil.

Em nota divulgada pelas redes sociais, o DCE manifestou repúdio aos casos e disse esperar “que a universidade aja, juntamente com as autoridades, para o devido sancionamento dos agressores”.

“Prestamos, acima de tudo, solidariedade às vítimas e a todas as mulheres que também são afetadas ao verem suas semelhantes sendo agredidas. Nossa presidente solicita que todas as mulheres que foram vítimas entrem em contato conosco. Estaremos prestando um atendimento para cada uma de acordo com sua necessidade”, afirmou, em nota. 

Procurado pelo Plural, o DCE disse que “tudo o que devia ser falado já está na nota”. “Cremos que as situações são delicadas e difíceis para as vítimas, então a situação não será comentada por nós.”

Leia mais: “O que é importunação sexual?”

De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), um caso de violência contra a mulher está sendo investigado e todas as diligências necessárias estão sendo realizadas. O órgão afirmou não poder dar mais detalhes para não prejudicar o andamento da investigação.

“A PCPR frisa que é muito importante que as demais vítimas compareçam à delegacia de polícia e registrem os boletins de ocorrência, para que possamos dar início aos trabalhos de investigação.”

O Plural tenta contato com a PUCPR desde o dia 28 de março, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta. 

Diretoria da Mulher

Diante dos casos ocorrendo dentro da universidade, o centro estudantil anunciou a criação da Diretoria da Mulher, que será responsável por promover ações de conscientização da comunidade acadêmica sobre questões relacionadas aos direitos das mulheres.

Composta exclusivamente por alunas da PUC, a Diretoria da Mulher tem como objetivo acolher e encaminhar estudantes em situação de vulnerabilidade com a colaboração de profissionais voluntárias da área de Psicologia.

As estudantes podem formalizar denúncias de violência por meio da ouvidoria da universidade, pelo número 0800 727 0580, ou entrar em contato com o PUC Acolhe, que atende Curitiba, Londrina e Toledo. Situações de risco dentro e ao redor do campus da capital podem ser denunciadas pelo telefone (41) 3271-1200.

Denúncia

Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelos números 181 (Disque-denúncia), 190 (Polícia Militar do Paraná), 197 (Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência). Este último é um serviço gratuito e confidencial, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

As vítimas também podem buscar uma Delegacia da Mulher (DEAM) ou Delegacias de Polícia (veja a lista de delegacias no Paraná aqui). Em Curitiba, há o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM), que fica na Rua do Rosário, 144 – 8º andar, Centro, e a Casa da Mulher Brasileira, na Avenida Paraná, 870, Cabral. 

O CRAM e a Casa da Mulher Brasileira também podem ser acionados por telefone ou e-mail: (41) 3358-1832 / 3323-5314 / [email protected] e (41) 3252-1048 / [email protected], respectivamente.

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2 comentários em “Polícia Civil investiga caso de violência contra mulher na PUCPR ”

  1. O DCE ja condenou as pessoas ja os chamando de agressores?
    Acreditava que seria preciso primeiro uma investigacao por partes que detenham o poder de investigar.
    Mas pelo jeito o DCE ja comdenou e ja aplicou a pena!!

    Nao sei nada a respeito do caso, mas nao julgo ninguem. Espero que orgaos competentes facam este papel.
    E se nao for exatamente assim, se nao for comprovado nada, o DCE fara o que? Uma notinha no instagram e fica por isso mesmo?

  2. Não quero crer que existam tais ocorrências hediondas em ambientes que pressupõem serem frequentados por pessoas ditas esclarecidas e com acesso a toda espécie de informação. O ser humano , por sua índole, é malvado mesmo.

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