A participação do negro no mundo do “empreendedorismo” brasileiro é subestimada. Quem afirma isso são as pessoas que convivem de perto com um tipo de empreendedor que não tem nada a ver com a imagem vendida das startups milionárias e do Vale do Silício.
Num debate sobre o empreendedorismo negro, promovido pela TV Legado, com participação do Plural, o assunto foi discutido por Crisfanny Soares, da Aliança Empreendedora, e Geovana Conti, da Youngers.
Geovana conta, por exemplo, a história de uma moça da Vila Torres que tinha R$ 10 para comprar fraldas. Como não era suficiente, comprou insumos para fazer copinhos de um iogurte caseiro. Vendendo a produção, conseguiu R$ 75: suficiente para fraldas, lenços umedecidos e para guardar R$ 10 para começar tudo de novo no dia seguinte.
Crisfanny, que trabalha adaptando metodologias sofisticadas para empreendedores que não têm condições de frequentar cursos de Administração, diz que a maior parte dos empreendedores brasileiros tem esse perfil: empresas pequenas, de subsistência.
E a maior parte é de negros. Embora não pareça. Geovana conta que num encontro de 400 mulheres empreendedoras, ela só viu mais três negras presentes. Como mudar isso? É o que está em debate no vídeo.
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