A Polícia Civil do Paraná encaminhou o inquérito sobre a morte do torcedor do Paraná, Mauro Machado Urbim, ao judiciário, nesta quinta-feira (01). No documento também está o laudo que indica que Maurinho, como era conhecido, morreu porque foi pisoteado por um cavalo da Polícia Militar (PM), em Curitiba.
A reportagem do Plural solicitou o acesso ao laudo, porém a Polícia Civil disse que não pode divulgar o documento.
Mais cedo, o delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) declarou que o laudo aponta que o ferimento que provocou a morte do torcedor foi feito pela ferradura de um cavalo da PM.
Apesar disso, não houve indiciamento de nenhuma pessoa e o Judiciário deve decidir se tratará o caso como lesão corporal ou homicídio.
Nesta semana, por meio das redes sociais, a torcida organizada Fúria Independente, da qual Maurinho era presidente, publicou um texto cobrando o afastamento dos policiais envolvidos na ação.
“Até o momento, a PMPR não se deu ao trabalho de divulgar ações efetivas – como o imediato afastamento dos envolvidos no assassinato das ruas paranaenses – e acreditamos que elas nem foram tomadas. Seguimos aguardando o laudo que fará coro à verdade. Mas nossa luta não acabará na divulgação de tal documento. Queremos mudanças na PM”, diz o texto.
O comando da PM, por sua vez, lamentou o falecimento de Maurinho, que morreu há um mês, um dia após a ação da cavalaria da corporação, durante o jogo entre Paraná e Cascavel, na Vila Capanema.