A doutora em Antropologia, documentarista e professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Debora Diniz, está em busca de famílias dispostas a falar sobre a perda de uma parente grávida, no parto ou pós-parto, por consequências da Covid-19.
Na tentativa de suprir a falta de dados oficiais sobre a morte de mulheres grávidas causada pelo coronavírus, a antropóloga pretende utilizar os relatos de luto para documentar a situação em uma pesquisa acadêmica.
As pessoas que souberem como encontrar essas famílias ou quiserem dar seu próprio depoimento podem fazer contato com a profissional por mensagem via Twitter ou Instagram.
Estou buscando famílias que vivem o luto de ter perdido uma mulher por covid na gravidez, parto ou pós-parto no Brasil.
— Debora Diniz (@Debora_D_Diniz) February 8, 2021
Se souber como chegar nas famílias, me escreva em DM, por favor.
Quero documentar essa tragédia. Farei um testemunho acadêmico.
Quem é Debora Diniz
Debora, que também é colunista do El País e da Marie Claire, é conhecida por suas importantes contribuições na discussão sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Brasil. Em 1999, ela fundou a Anis – Instituto de Bioética, “a primeira organização não-governamental, sem fins lucrativos, voltada para a pesquisa, assessoramento e capacitação em bioética na América Latina”.
Por conta de seu ativismo, a antropóloga passou a receber ameaças e teve que deixar o Brasil, em 2018. Autoexilada nos Estados Unidos, Debora exerce seu ativismo por meio das redes sociais. Atualmente, ela é pesquisadora visitante na Universidade Brown e trabalha na International Planned Parenthood Federation (IPPF), uma organização que trabalha com saúde sexual e reprodutiva.
Colaborou: Maria Cecília Zarpelon