Curitibanos podem voltar a ficar sem água por 48h

Reservatórios da RMC serão afetados pela falta de chuva por causa da La Niña

Uma nova fase de estiagem deve afetar as quatro barragens do Sistema da Abastecimento de Água Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) nos próximos três meses. A escassez é esperada entre fevereiro e abril, como efeito da falta de chuvas ocasionada pelo fenômeno La Niña – de passagem pela região Sudeste da América do Sul. Com isso, o rodízio mais severo no abastecimento de água não está descartado e pode deixar os curitibanos, novamente, por dois dias inteiros com as torneiras secas.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) já começou a registrar uma tendência de queda no nível dos reservatórios, que atualmente é de 48%. Se os níveis baixarem a 25%, a Sanepar voltará a ajustar o rodízio com 48 horas sem água e 36 horas com água.

Até que os reservatórios voltem a atingir 60%, para a reavaliação das condições climáticas, o rodízio será mantido. Hoje, ele interrompe o abastecimento de parte das residências por 36h, que voltam a ter água por outras 36h. No fim de 2020, o rodízio chegou a ser interrompido por 10 dias, entre 22 de dezembro e 3 de janeiro.

Apesar das chuvas acima da média, a situação dos níveis dos reservatórios está pior que a do ano passado. Em novembro, as chuvas eram 70% acima da média, em dezembro 25%, e em janeiro somente 5%.

“Chuvas na média não recuperam reservatórios, principalmente por causa do déficit hídrico acumulado”, relata Julio Gonchorosky, diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, destacando que manter o uso racional da água e o rodízio no sistema de abastecimento da RMC é imprescindível. 

Segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021 choveu 1.091 milímetros, 346 a menos do que a média histórica para o período. “Para que os reservatórios cheguem a 60% em março, teríamos que ter chuvas de 70 milímetros a cada 10 dias desde o início deste mês. Infelizmente, o cenário é desfavorável”, destaca o diretor. 

A Sanepar diz que trabalha para evitar que o sistema entre em colapso ou que seja necessário adotar um rodízio ainda mais severo. A crise hídrica no Paraná é registrada desde maio de 2020.

Colaborou: Matheus Koga, com informações da Sanepar

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