Nesta quarta-feira (14) e quinta-feira (15) familiares do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, farão um ato em frente ao Fórum de Foz do Iguaçu, onde ocorre a audiência de instrução com o autor do crime, o policial penal bolsonarista Jorge José Guaranho.
Arruda foi morto há pouco mais de dois meses, quando o assassino invadiu a festa de aniversário da vítima, cujo tema era do PT, e atirou contra ele. Antes disso, Guaranho gritou “aqui é Bolsonaro” e só não feriu outras pessoas porque Marcelo Arruda, que era guarda municipal, conseguiu reagir ao ataque.
Amigos e familiares usarão a data para pedir paz e justiça. A audiência começa às 13h15 em ambos os dias. Os participantes levarão faixas e cartazes para chamar atenção sobre a violência política estimulada pelos discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Estatísticas
De acordo com um estudo feito pela UniRio ocorreram 214 casos de violência política somente no primeiro semestre deste ano no Brasil. O dado revela aumento de 335% deste tipo de ocorrência nos últimos três anos.
No feriado da Independência, em Confresa, Mato Grosso, o trabalhador rural Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi assassinado por Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos. Oliveira é apoiador de Bolsonaro e Santos defendeu o ex-presidente Lula durante uma discussão.
Na última semana, em Curitiba, ocorreu uma reunião com organizações que defendem Direitos Humanos e o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para discutir ações de enfrentamento à violência política, sobretudo neste período eleitoral. A companheira de Marcelo Arruda, Pamela Silva, acompanhou o evento.
Em Foz do Iguaçu, durante a audiência de instrução, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal vai ouvir testemunhas e indicadas pelo Ministério Público (MP) e pela defesa de Guaranho, cuja presença ainda não foi confirmada. Ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
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