Juiz ordena e assassino de Marcelo Arruda é removido para Complexo Médico Penal

Criminoso estava em prisão domiciliar com tornozeleira depois de sair do hospital

Com informações de Aline Reis e Flávia Barros

[editada às 10h09]

Uma nova ordem judicial expedida nesta sexta-feira (12) determinou que o policial penal Jorge Guaranho saia da prisão domiciliar e seja imediatamente levado para o Complexo Médico Penal, em Piraquara. Guaranho, que assassinou o guarda municipal Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, ficará em prisão preventiva até o julgamento do caso.

A remoção aconteceu ainda na madrugada deste sábado (13). De acordo com a Secretaria de Segurança, Guaranho chegou ao Complexo Médico Penal às 2h51. “O réu foi transportado em ambulância e escoltado por equipes policiais do Setor de Operações Especiais (SOE), do Departamento de Polícia Penal do Paraná”, afirmou a secretaria por meio de nota oficial.

Guaranho matou Arruda, que era tesoureiro do PT em Foz, a tiros em uma festa. Marcelo Arruda comemorava seus 50 anos com amigos e enfeitou o salão com símbolos de seu partido. Sem conhecer ninguém no local, mas irritado com a decoração, o policial penal, que é bolsonarista, foi até a festa. Pouco depois voltou e deu três tiros em Arruda. Como também estava armada, a vítima reagiu atirando.

Arruda morreu no dia seguinte, mas Guaranho estava no hospital desde o assassinato, ocorrido há um mês. Quando teve alta, o policial penal seria levado para o Complexo Médico, preparado justamente para atender presidiários com problemas de saúde. No entanto, a informação foi de que o local não tinha estrutura para recebê-lo. Por isso, Guaranho foi colocado com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar.

Agora, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, de Foz, informa ter recebido da Secretaria de Segurança a garantia de que o preso pode ser recebido no Complexo Médico. E por isso revoga a prisão domiciliar do assassino. A prisão domiciliar chocou a família de Marcelo Arruda, que teme a impunidade do criminoso e também uma possível fuga. Os parentes da vítima pediram ao juiz que revisse sua decisão.

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