Faltam 1500 leitos Covid-19 do Paraná

Mais de 1500 pacientes estão em leitos comuns ou na fila aguardando internação no estado

Há 24 dias com lotação real de seus leitos Covid-19 acima de 100%, o Paraná chegou esta semana a um novo marco: faltam 1.500 leitos de UTI e de enfermaria para pacientes da doença em todo estado. A situação mais crítica é no norte do estado, que tem 1.199 pacientes Covid-19 internados ou na fila aguardando leitos e apenas 818 leitos exclusivos disponíveis (uma ocupação real de 147%). Ou seja, para acomodar todos as pessoas doentes a região precisaria de mais 381 leitos.

É na região norte, no município de Apucarana, que foi registrado esta semana o primeiro caso da variante indiana do coronavírus, que aparenta ser mais agressiva e transmissível. Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA), a pessoa em quem a cepa foi identificada fez o exame para Covid-19 em 26 de abril, o que indica que a variante está ativa no Paraná há pelo menos um mês.

Nas regiões Noroeste e Oeste a ocupação real é de 135% e 138%, respectivamente, com déficit de 545 leitos. E no Leste, que concentra 53% dos leitos Covid-19 do estado, o déficit é de 174 leitos (7%), sem considerar os dados referentes a Central de regulação de leitos de Curitiba e região, uma vez que pacientes que estão no sistema CARE, que engloba o restante do estado, podem também constar no sistema CLIC, da região metropolitana.

Na capital, o último relatório de internações e da fila por leitos divulgados pela SESA aponta 1711 pacientes internados ou aguardando leitos para 1288 leitos ativados, uma ocupação real de 133% com déficit de 423 leitos. Pelo menos um quarto desses pacientes aguardam internação nas UPAs de Curitiba, que há uma semana fecharam o atendimento ao público em geral para abrir mais leitos de internação Covid-19. No entanto, essas mais de 100 pessoas não estão internadas nas UPAs, e sim atendidas lá aguardando a transferência para um leito com suporte adequado.

A falta de leito de adequado resultou na morte de 394 pessoas em Curitiba em março, quando uma outra onda de contaminações atingiram a capital. No restante do estado, foram mais de 1,6 mil mortes do começo da pandemia até 23 de março. Esta semana a SESA informou ao Plural que não irá fornecer dados sobre óbitos de pacientes na fila por leitos em função de problemas operacionais.

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