Servidores aprovam proposta que reajusta benefícios, mas mantêm greve

Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) não aceitou a proposta

Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR) aprovaram, em assembleia, a proposta de reajuste dos auxílios – alimentação, saúde e creche, que foi apresentada pelo Governo Federal à Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), durante reunião em Brasília. A greve, no entanto, continua.

Técnicos do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), estão em greve há 38 dias. Docentes das instituições aderiram posteriormente, mas em nenhuma instituição o calendário acadêmico foi suspenso.

Proposta

O reajuste dos benefícios eleva o vale-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil e o auxílio-creche de $ 321 para R$ 484,90, além do vale-saúde, que varia de acordo com remuneração e faixa-etária dos servidores. Com o aceite da categoria, os benefícios serão pagos já na folha de maio.

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A greve, todavia, continua. Isso porque os técnicos ainda reivindicam melhorias nas carreiras e reajuste salarial. Nesta quinta-feira (17) a reunião com o Governo Federal indicou proposta de reajuste zero para 2024, o que deve prolongar a greve dos servidores se não houver acordo na reunião desta sexta-feira (19) entre as categorias e o Ministério da Gestão.

Professores

Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) não aceitou a proposta da correção dos benefícios.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.

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As aulas estão mantidas na UTFPR e na UFPR. Já no IFPR a discussão sobre suspensão do calendário acadêmico acontece na próxima semana.

Na UFPR o Comando Local dos professores usou as redes sociais para reclamar de cerceamento do direito à greve. “Está se repetindo, entre docentes, a postura de desrespeito ao direito de greve ocorrida com técnicos administrativos, por meio do memorando circular 01/2024 da Progepe, que exigia que os servidores em greve comunicassem suas chefias imediatas da adesão. Após ocupação do prédio da reitoria pelos técnicos, a administração da universidade recuou no procedimento”, diz o texto, que prossegue afirmando que “’ postura da atual administração é preocupante, pois demonstra uma tentativa de violação do direito democrático e constitucional de greve”.

O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, emitiu uma nota na qual afirma estar surpreso com o teor da postagem que as informações não correspondem a verdade.

“Em nenhum momento houve comunicação com coordenações, departamentos ou qualquer docente de maneira individual. O modo como essa comunicação da Reitoria com as direções setoriais se transformou em ato antissindical ou ‘contrário ao movimento de greve’ é surpreendente, para dizer o mínimo.

Presume-se que esta postagem seja apenas produto de um descuido do Comando Local de Greve, que poderia facilmente ter procurado a reitoria para esclarecimentos (o que porém não ocorreu) ou então, por conta própria, fazer uma checagem simples das informações, o que demonstraria rapidamente que a referida “denúncia” contra a reitoria, embora grave, não tem nenhuma adesão aos fatos”, esclarece o documento (veja a íntegra abaixo):

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