Técnicos da UFPR e da UTFPR, que estão em greve, fazem protesto durante agenda de Camilo Santana em Curitiba

Servidores técnicos entraram em greve no dia 11 de março e além de melhorias salariais também querem melhores condições de trabalho

Trabalhadores técnicos-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que estão em greve desde o último dia 11, fizeram um protesto nesta quarta-feira (20), em Curitiba, durante agenda do ministro da Educação, Camilo Santana. Os servidores cobraram melhorais salariais e melhores condições de trabalho.

Mais de 30 universidades federais em todo Brasil têm servidores parados. A mobilização acontece porque há um impasse do Governo Federal em atender as demandas da categoria apresentadas ainda no ano passado. Em 28 de fevereiro deste ao houve reunião para discutir reajuste dos servidores públicos federais, mas não tratou dos estatutários.

A previsão é de que apenas em junho o Governo Federal receba os grevistas somente em junho, o que deixa o cenário de encerramento da greve incerto.

Impacto

A greve dos servidores técnicos já impacta a comunidade. Nesta quarta-feira (20), por exemplo havia ao menos 11 mulheres que tinham acabado de ter seus bebês aguardando remoção para a enfermaria, mas como não havia servidores suficientes para fazer o translado permaneciam ocupando leitos na sala de partos do Hospital das Clínicas.

A denúncia foi feita por uma profissional de saúde que não integra o quadro dos técnicos. O Plural questionou a UFPR sobre o atendimento às gestantes, porém o setor de comunicação também aderiu à greve e não houve retorno.

pessoa brancas olhando para foto
Da esquerda para direita: deputado federal Zeca Dirceu (PT), deputada estadual Ana Júlia (PT), lvandenir Pereira (SINDITEST-PR, Coordenação de Assuntos Jurídicos e Relações de Trabalho), ministro da Educação Camilo Santana, Elis Regina Ribas (SINDITEST-PR, Coordenação de Comunicação e Imprensa) e deputado federal Elton Welter (PT) | Foto: Divulgação

Embora os professores não estejam em greve, estudantes das duas instituições também tiveram a rotina alterada pela falta dos servidores técnicos. Na UTFPR, por exemplo, o campus Curitiba está com o serviço de transporte suspenso parcialmente.

Tanto na UFPR quanto na UTFPR há expectativa de que professores se reúnam para discutir apoio à greve dos técnicos e também estará em pauta a paralisação da categoria.

Protesto

Camilo Santana foi recebido no Palácio Iguaçu por Ratinho Jr. (PSD) para assinatura da adesão do Governo do Estado ao programa Pé-de-Meia, que transfere renda para estudantes do Ensino Médio.

Do lado de fora, porém, técnicos administrativos protestaram contra o ministro com cartazes. No Paraná há cerca de 12 mil servidores em 46 municípios, entre Universidades e Institutos.

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“Os técnicos administrativos em educação (TAEs) das Universidades e Institutos Federais de Ensino Superior de todo o Paraná, incluindo a base do Sinditest-PR (UFPR, UTFPR e Unila), categoria que torna possível o ensino, a pesquisa, a extensão universitária e a assistência em saúde no maior hospital público do Estado – o Complexo Hospital de Clínicas (CHC/UFPR) – buscam dignidade e justiça através da valorização dos salários e do aprimoramento do Plano de Carreira (PCCTAE)”, diz um trecho de uma mensagem automática enviada pelo setor de comunicação da UFPR.

Os servidores entregaram um documento com reivindicações ao ministro, que recebeu o documento ao lado de parlamentares.

Na última semana o Governo Federal criou um Grupo de Trabalho para apontar soluções para a restruturação do plano de carreiras e salários dos técnicos-administrativos em Educação, mas ainda não foi concluído o relatório do GT.

Ainda não há previsão de encerramento da greve.

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3 comentários em “Técnicos da UFPR e da UTFPR, que estão em greve, fazem protesto durante agenda de Camilo Santana em Curitiba”

  1. Ué, não entendi…
    Federais em greve?…mas por que?
    Tava ruim antes? Fizeram campanha pros comunas, o “amor” não venceu?… Sintam-se satisfeitos. Ao trabalho…vamos, vamos…o L venceu….

  2. A superlotação do centro obstétrico no HC se dá desde que a superintendente fechou a maternidade Victor do Amaral, diminuindo drasticamente os leitos e atendimento às gestantes e recém nascidos. Os leitos no HC não suprem a falta dos leitos fechados com ao fechamento de uma maternidade inteira ( a Victor do Amaral ) pois além de tudo os leitos de alojamentos no HC são divididos com leitos de pacientes de cirurgia ginecológica e ginecologia geral, inclusive não é incomum ter pacientes ginecologicas internadas junto com mães e bebes na mesma enfermaria. A realidade de pacientes em espera no Centro Obstétrico por uma vaga de alojamento não se configura pela greve, mas sim por falta de maternidades (principalmente fechamento de leitos da Victor, fechamento do setor ginecologico no HC o qual divide leitos hoje em dia com o alojamento) , e essa situação Vem ocorrendo há anos e não apenas agora, basta dar uma olhadinha nas publicações de mães que ganharam seus filhos lá nas redes sociais que já desmente esse comentário inclusive maes que ganham alta direto do Centro Obstetrico sem sequer passar pelo alojamento ( sendo o tempo mínimo de internamento 48horas) por falta de leitos nao é dificil encontrar.

    Portanto a Informação contida neste parágrafo configura especulação tendenciosa querendo colocar a culpa de uma situação que se tornou rotineira em algo pontual que esta sendo a greve:
    “Nesta quarta-feira (20), por exemplo havia ao menos 11 mulheres que tinham acabado de ter seus bebês aguardando remoção para a enfermaria, mas como não havia servidores suficientes para fazer o translado permaneciam ocupando leitos na sala de partos do Hospital das Clínicas.

    A denúncia foi feita por uma profissional de saúde que não integra o quadro dos técnicos”

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