Facebook sabia que crianças gastavam sem autorização, diz site

O Facebook sabia que crianças estavam fazendo compras não autorizadas em jogos da plataforma, mas não impediu, apontam documentos obtidos pelo site Reveal, do Center for Investigative Reporting (CIR). Os memorandos internos fazem parte de um processo movido em 2012 […]

O Facebook sabia que crianças estavam fazendo compras não autorizadas em jogos da plataforma, mas não impediu, apontam documentos obtidos pelo site Reveal, do Center for Investigative Reporting (CIR). Os memorandos internos fazem parte de um processo movido em 2012 por um grupo de pais contra a gigante da internet.

Segundo o Reveal, funcionários do Facebook estavam preocupados que as pessoas estivem tendo valores cobrados no cartão de crédito sem saber. A empresa então resolveu analisar o jogo mais popular na época, Angry Birds, e descobriu que a idade média dos que jogavam era de 5 anos.

Um memorando da época registra que “em quase todos os casos os pais sabiam que a criança estava jogando Angry Birds, mas não perceberam que a criança conseguiria comprar sem a senha e autorização deles”.

Um funcionário do Facebook apontou que as crianças se confundem facilmente com as compras dentro dos jogos uma vez que nem sempre ela percebe que está gastando “dinheiro de verdade”.

Criança gastou US$ 6,5 mil

Em um dos casos relatados nos documentos, uma criança de 13 anos supostamente gastou US$ 6.545 em um jogo e teve a solicitação de reversão dos débitos negada. Os funcionários que responderam o pedido sabiam que estavam lidando com um menor de idade.

Os autores do processo acionaram a empresa depois de receber milhares de dólares em cobranças geradas dentro do site. O principal caso julgado é de uma criança que usou o cartão da mãe para gastar US$ 20 num jogo chamado Saga Ninja. No entanto, enquanto a criança continuou jogando, o sistema continuou cobrando valores sem que a criança ou a mãe fossem solicitados a voltar a autorizar a cobrança.

O Facebook nunca devolveu o dinheiro, o que fez a família buscar a justiça. A empresa acabou fechando um acordo para encerrar o processo, mantendo os documentos em segredo. Mas uma ação do CIR solicitou a liberação das informações. A Justiça concordou que a maior parte do que está no processo é de interesse público e liberou a divulgação, com exceção de algumas informações que poderiam causar dano à empresa e continuam sob sigilo.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima