É duro fazer Uber com a gasolina no preço que está. Tem motorista atrás de CLT, virando diarista…

Categoria estima que Curitiba perdeu cerca de 30% dos motoristas de aplicativo no último ano

“Eu trabalhei com os aplicativos durante dois anos. Fazia Uber e 99 – o meu aplicativo da Uber ficava ligado praticamente o dia inteiro. No começo, era super bacana, dava pra tirar um dinheiro legal. Depois começou a dificultar”, conta Janete Faville. 

O que aconteceu foi que, com a pandemia, o movimento caiu bruscamente. Em seguida, ela começou a perceber que as taxas repassadas aos motoristas eram problemáticas. “Nós conversávamos com os passageiros, eles diziam quanto estavam pagando e pra gente vinha um valor muito inferior”, fala. Com a alta dos combustíveis, ficou inviável: ela decidiu voltar para a CLT como executiva de vendas. “A gente já não tem ajuda com as despesas do carro, alimentação, nada. Foram muitos pontos negativos que me obrigaram a voltar atrás”.

Além de Janete, conversei com outros quatro motoristas que seguem na ativa e descobri que as queixas são muito similares. Todos relembraram com saudade de quando os aplicativos chegaram em Curitiba, em meados de 2016. “Naquele tempo o combustível custava R$ 2,69 e a taxa de embarque da Uber era R$ 5,29”, resgata Alessandro Tanner, que além de vanguardista na atividade, é presidente da União Nacional dos Motoristas de Aplicativos. 

Hoje, as coisas estão claramente diferentes: “Eu abasteci agora de manhã e paguei R$ 5,69 no litro da gasolina, na Marechal Floriano”, afirma o motorista Jacques Douglas Pilati. No mesmo dia, outro colega pagou um pouco menos: R$ 5,67. Mas ele não se arrepende. “Pela diferença de dois ou seis centavos não compensa me deslocar nem três quadras pra ir procurar um posto mais barato”, pondera.

O resultado é que muita gente, assim como Janete, acabou desistindo dos aplicativos. “Deve ter em torno de 30% a menos de motoristas de aplicativo do que tinha um ano e meio, dois anos atrás”, deduz Jacques. A estimativa é corroborada por Alessandro. Em nome da associação, ele fez um levantamento entre os grupos de motoristas de Curitiba e chegou à conclusão de que 30% realmente caíram fora.

Ivete Astrissi é moderadora de um grupo de motoristas e acompanha cerca de 400 mulheres todos os dias. Ela tem observado de perto a evasão. “Elas saem do aplicativo pra trabalhar de diarista, às vezes nos próprios grupos pedem a oportunidade de emprego, é complicado”. Conversamos durante 15 minutos até ela começar a rir e perguntar: “Não é o seu caso, mas se fosse, você não ia mais querer fazer Uber, né?”. Não há como negar. Para quem ainda conta com a renda dos aplicativos no fim do mês, o cenário parece desanimador.

Ivete na ativa. Foto: arquivo pessoal

Uber na ponta do lápis

Combustível, óleo, pneu, limpeza, multas de trânsito, impostos, seguro ou proteção veicular: os gastos para manter um carro rodando são muitos. Tantos que não compensa pagar mais barato por uma gasolina adulterada e correr o risco de ver o automóvel pifar no meio da corrida. 

“Na semana passada, gastei R$ 500 e poucos só com manutenção do meu carro por causa de combustível ruim. Que às vezes você tá na reserva, coloca gasolina em uma região desconhecida e depois, quando vai ver o resultado, o carro começa a falhar. Foi o caso do meu: não andava, não desenvolvia, morria no semáforo. Aí eu tive que levar pra oficina”, fala Ivete. 

Ela mora em Colombo e prefere abastecer no posto de confiança, perto de casa. Todos os dias, religiosamente, sai para trabalhar às 6h da matina, embora só entre às 8h. À noite, depois de bater o ponto, fica mais duas ou três horas na rua. No sábado, liga o aplicativo das 6h às 21h para terminar de complementar a renda. Só descansa no domingo. “Se eu tirar o combustível da semana, já tô no lucro, né?”, diz. 

O trabalho CLT, como vendedora de proteção veicular, ela arranjou durante a pandemia, quando as contas apertaram e ficar só com os aplicativos já não segurava mais as despesas. Jacques fez exatamente o mesmo. Nos últimos dois anos, ele viu a renda cair em torno de 60% e precisou se virar. Agora, além de cumprir o horário comercial como vendedor, roda 50 horas por semana como motorista de aplicativo – e todos os dias se vê indignado. 

“Faça as contas: hoje um motorista que trabalha umas 11 horas por dia faz uns R$ 300, tá? Bruto. Se você tirar 40% do combustível, fica R$ 180. Vamos supor que ele gaste R$ 30 tomando uma água, comprando um almoço… Sobra pra ele R$ 150 no dia, sendo que ele tem aí manutenção do carro, todos os impostos, esse tipo de coisa”, calcula. “Quando eu comecei no aplicativo, você pagava oito, dez reais num almoço, hoje você paga R$ 15, confirma? Então dobrou também a alimentação. Tudo isso é custo”. 

No fim do mês, a sensação é de que o dinheiro sumiu. “Se você colocar tudo na ponta do lápis, uns R$ 4,5 mil vão cair pra R$ 2 mil e pouco, que talvez seja o salário do brasileiro. Não tá valendo muito a pena, não. Isso sem décimo terceiro e sem férias”, comenta Jacques. 

Jacques no volante, durante o intervalo. Foto: arquivo pessoal

Quem não pensa rápido, paga para trabalhar

Sabe quando você, usuário, tem a corrida aceita e depois cancelada? É duro, né? Mas acredite: estar na pele dos motoristas pode ser ainda pior. “Deixa eu te dar um exemplo: eu já peguei corrida a R$ 5,72 pra rodar 11 km – cinco pra buscar o passageiro e seis pra desembarcar. Só que quando você vai fazer o cálculo, se o meu carro faz nove ou dez quilômetros por litro, eu paguei pra trabalhar, né?”, reflete Ivete.

Os sistemas dos aplicativos são um pouco diferentes, mas todos entregam as informações básicas para o motorista: o valor que ele vai ganhar e a quilometragem que terá de percorrer. “Você tem que fazer um cálculo em segundos pra ver se compensa. E aí, se recusa, a taxa de aceitação vai caindo, vai caindo, vai caindo e eles não mandam mais corrida pra você. Eu tô com a taxa de aceitação, que sempre ficava numa média de 90 a 94%, a 75%, sabe?”

Isso sem contar os demais perrengues do cotidiano. “É cada relato que você ficaria revoltada”, desabafa a motorista, comentando de uma colega que, outro dia, teve o aplicativo bloqueado após a reclamação de uma passageira, sem direito a contar sua versão dos fatos antes de ser “cancelada” pela empresa. “Mas aí a necessidade fala mais alto. E os aplicativos usam disso como uma forma de forçar o motorista. É algo assim: se tu não quer, tem quem queira”.

O jeito tem sido adaptar a rotina e encontrar novas estratégias. “Antigamente a gente pegava uma corrida, desembarcava o passageiro e se não recebesse uma chamada ali mesmo, saía andando vazio prum lugar que talvez tivesse mais chamadas. Agora a gente fica mais tempo parado aguardando corrida, entendeu? Você pega menos corridas por dia e acaba ganhando um pouco menos, mas dá pra economizar no combustível”, relata Sérgio Guerra, criador do maior grupo de motoristas de aplicativo do Brasil, o Guerra Drivers.

Guerra na direção. Foto: arquivo pessoal

São quase 15 mil cadastrados e quatro mil ativos, que diariamente passam pelo “QG” e só pagam pelos serviços ofertados. “O QG é uma base do grupo Guerra Drivers, onde eles têm lavacar a preço de custo, lanche, sala de estar, sala de jogos, barbearia, escritório para mexer com a papelada”, cita. Mas o chamariz mesmo é o suporte gratuito dos colegas. 

“A função principal do grupo é a segurança do motorista. Ontem mesmo nós recuperamos um carro na luz do dia, de uma mulher que foi assaltada por dois meliantes e acionou nossos canais de rádio. Conseguimos acionar a polícia e, em conjunto, resgatamos ela e o carro”. Com o auxílio em rede, fica mais fácil aceitar corridas que antes pareciam, digamos, mais arriscadas. Ao menos é o que eles dizem.

O posto é o vilão?

Curitiba tem, hoje, 317 postos de combustível. De acordo com a pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em agosto, o preço médio da gasolina comum na cidade é de R$ 5,67 e o desvio padrão é de R$ 0,73.

“Quando se avalia os preços, é importante ter em mente ainda que: o produto é basicamente o mesmo (gasolina comum) e as margens de lucro são muito pequenas. No Paraná, a margem média, segundo a ANP, está em menos de 7%, somando a margem dos postos e das distribuidoras de combustíveis”, defende o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro).

O sindicato da categoria é incisivo ao dizer que o preço alto não é culpa dos postos. “Os combustíveis estão com preços altos em Curitiba e em todo o país devido a dois fatores: aumentos nas refinarias da Petrobras e também nas usinas de etanol”.

No acumulado do ano, a gasolina produzida pela Petrobras subiu cerca de 51%, enquanto o diesel avançou cerca de 40%. “Estes aumentos foram repassados aos postos pelas distribuidoras com agilidade. Foram nove alterações de preços na gasolina este ano. Há dez dias, a Petrobras realizou mais um aumento, da ordem de 3,3%, na gasolina”, informa.

“O etanol também vem passando por uma grande alta, e estes aumentos são de responsabilidade das usinas produtoras de etanol. O que acontece é que as usinas estão subindo os preços diariamente, e as distribuidoras repassam estes aumentos aos postos. Do início do ano para cá, o etanol já subiu mais de 45%”, afirma. “Vale ressaltar que o preço do etanol não é estipulado pela Petrobras, uma vez que este combustível é produzido por usinas de cana-de-açúcar privadas. Este preço tem variação diária. Quando os preços sobem, as distribuidoras repassam aos postos com agilidade, assim como fazem com a gasolina”.

Outro ponto importante de se levar em conta, de acordo com o sindicato, é que a alta do etanol também tem reflexo direto na gasolina, uma vez que a gasolina comum vendida no Brasil leva na sua mistura 27% de etanol. “Uma lei federal obriga esta mistura, por questões ambientais. Ou seja, quando sobe o etanol, acaba havendo impacto na gasolina – quase um terço da composição da gasolina comum é de etanol”, pontua o Paranapetro.

Para reduzir os preços, na visão do sindicato, a medida mais efetiva seria cortar impostos. “A maior parte do que se paga pela gasolina, por exemplo, vai para impostos. Apenas 6,86% do valor pago pela gasolina fica como margem de lucro para postos e distribuidoras dividirem. Petrobras fica com 35,86%. O ICMS, imposto estadual, leva 26,90%. Impostos federais (PIS/CIDE/COFINS) levam 13,56%. O custo do etanol anidro, que é misturado na gasolina, consome 16,99% do valor”.

Gráfico: Paranapetro

“Os postos representam o último elo até o combustível chegar ao consumidor final, e por isso são o lado mais exposto. Mas fica evidente que os postos são também o agente com menor poder econômico, e por consequência menor poder de interferência na variação de preços. Os preços altos prejudicam a população, a economia e também os postos, uma vez que inibem o consumo”, conclui o Paranapetro.

O que dizem os aplicativos?

Entrei em contato com os dois principais aplicativos citados pelos entrevistados – Uber e 99app – solicitando dados como motoristas ativos nas plataformas em Curitiba e tempo médio de espera para o usuário. Nenhuma das empresas informou números.

Também perguntei como estão as taxas repassadas aos parceiros e fui respondida apenas pela Uber. A empresa admitiu que, no passado, a taxa fixa era de 25%, mas desde 2018 ela se tornou variável “para que a Uber tivesse maior flexibilidade para usar esse valor em descontos aos usuários e promoções aos parceiros”, causando “confusão” entre os motoristas.

“Em qualquer viagem, o motorista parceiro sempre fica com a maior parte do valor pago pelo usuário – há confusão entre os parceiros sobre o valor da taxa porque em algumas viagens ele pode aumentar enquanto, em outras, pode diminuir. É por isso que todos os motoristas parceiros ativos recebem semanalmente, por e-mail, um compilado sobre os seus ganhos que mostra quanto ele pagou de taxa Uber naquela semana”.

As duas empresas falaram que, durante a pandemia, mais usuários estão optando pelos aplicativos de mobilidade porque se sentem mais seguros, conforme demonstra uma pesquisa feita pelo Datafolha em outubro de 2020, encomendada pela própria Uber. “De acordo com o levantamento, 38% dos brasileiros que não possuem veículo próprio acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover, empatado tecnicamente pela margem de erro com aplicativos como Uber (35%)”, comenta a Uber. Na visão de ambas, isso justificaria o tempo maior de espera e o “conforto” dos motoristas para recusar algumas viagens.

“A 99 esclarece ainda que o motorista parceiro tem a liberdade de aceitar ou cancelar uma chamada se achar necessário, no entanto, há um limite para a realização desses cancelamentos”, cita a empresa, sem detalhar qual seria esse limite. Apurei que, após cancelar duas chamadas, o motorista é “derrubado” pelo sistema. A 99app também afirma que não registrou alteração no número de motoristas cadastrados na plataforma em Curitiba, sem citar dados que sustentem a resposta.

A Uber defendeu que os rendimentos dos motoristas têm sido os maiores desde o início do ano. “Em Curitiba, por exemplo, os parceiros que dirigiram por volta de 40 horas ganharam, em média, de R$ 1.100 a R$ 1.200 na semana. Em um mês, significa que os motoristas estão com média de ganhos superior à média salarial de várias profissões no país, como fisioterapeutas, intérpretes, nutricionistas ou corretores, por exemplo, de acordo com o site da empresa Catho, que compila informações do mercado de trabalho”. Os valores batem com aqueles descritos pelos motoristas, mas a empresa não faz as contas dos gastos com despesas como o combustível, por exemplo.

A respeito do aumento do valor do combustível, as duas empresas citaram programas de “vantagens” e políticas de cashback, onde os parceiros podem receber uma porcentagem do valor que pagaram pelo combustível, a depender do posto escolhido. A 99 aproveitou para anunciar que, em breve, Curitiba será contemplada pelo Taxa Zero, que prevê o repasse integral do valor da corrida aos condutores em localidades e horários específicos. A empresa garantiu que os motoristas serão comunicados com antecedência sobre as condições.

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56 comentários em “É duro fazer Uber com a gasolina no preço que está. Tem motorista atrás de CLT, virando diarista…”

  1. Não precisa ser genio para ver que isso de trabalhar para app e roubada. Me explica como uma tarifa pode custar 5.00 para levar 3 pessoas e com ar ligado e dar lucro? So a uber e 99 ganham. Para vc ir daqui na esquina com 3 pessoas custa 15 e a prefeitura ainda subsidia empresa de onibus.

  2. O valor mínimo para o motorista tem q ser 10,00 reais! Se os apps quiserem da promoção colocar tarifa nós percursos perto 5 ou 6 reais eles colocam, mas completa os dez reais aí da p trabalhar tranquilo sem estresse. Mas enquanto tiver essa tarifa vai cair cada vez mais a qualidade do trabalho e mas motorista vão sair. Os apps tem q entender q nós colocamos um veículo na rua e a manutenção é cara. Se uma pessoa agregar um carro em uma empresa, a empresa paga o aluguel do carro p a manutenção a Uber e a 99 quer q colocamos nosso carro nossa mão de obra arriscamos a nossa vida q os app não tem segurança nenhuma e acha q tudo tem q sair do nosso bolso, aí é mole d mas! Infelizmente o Brasil é uma bagunça uma empresa vem de fora quebra todas as leia trabalhistas e ninguém faz nada. A Uber e 99 tem q pagar o aluguel do nosso carro p manutenção como faz todas as empresas q a grega um veículo, porque o que nos fazemos é isso agregamos nosso carro p Uber e p 99 ou então da um valor fixo por hora trabalhada fora o valor das viagens.

  3. Os passageiros só vivem reclamando que o serviço dos apps está péssimo, sabem que nós motoristas estamos trabalhando insatisfeitos por conta dos valores dos combustíveis, mas são incapazes de dar 3 ou 4 reais de gorjeta, quem sabe assim, nós motoristas iríamos trabalhar mais satisfeitos e prestar um melhor serviço.

  4. Valmir soares de freitasvalmir

    A uber e a 99 estão com a faca e o queijo na mão, mas estão dando um tiro no pé. Com o atendimento piorando, os passageiros estão voltando para os ônibus e taxi, os motiristas estão desistindo e quando os aplicativos acordarem será tarde. ?‍♂️

  5. José Fabiano de lima

    Sou motorista a quase 3 anos.nao tá dando pra trabalhar nesta área mais,temos que procurar o que for melhor pra nós .estou fazendo curso de barbeiro e assim que acabar vou me ingressar nesta área de barbeiro.com fé em Deus vou dar a volta por sima .espero que meus colegas e parceiros não ficam esperando melhoras destes APP 99 e uber e corram atrás de melhoras em outra área de serviço.

  6. Francismauro souza de Melo

    Moro em goiania e trabalho com aplicativo também uber e 99 e tá uma vergonha as taixas desses aplicativo não compensa mais trabalhar nesses aplicativo vc tudo q faz fica na gasolina e manutenção do carro sem falar no desgaste do carro e desvalorização a uber e 99 tem q se toca e da mais valor em nós porq é nos q faz a parte financeira deles

  7. ALEXANDRE FONTANA DA ROSA

    Sou motorista se APP 99 e uber e as taxas principalmente da uber são abusivas, sim ficamos com a maior parte mas soma a taxa deles fixa e variável há chegou a 47 % de desconto somando o valor total da corrida, os outros 53% ficamos com a despesa do deslocamento e viagem e oq sobrar é o “lucro”, falam de incentivos muitas vezes absurdos de conseguir completar, ou q não acrescentam nada como o completa da 99 se somar vc nunca praticamente vai conseguir um lucro a mais em poucas vezes consegue valores pequenos, e tanto a 99 como uber fazem corridas seguidas e ganhe tanto… a uber determina uma região e se sair reinicia a contagem sendo que tem que fazer as corridas em um período de tempo limitado ou perde a “promoção “… um abuso as autoridades não intervirem e fazer ter um valor mínimo, enquanto isso para lucrar temos que trabalhar umas 5 a 6 horas para
    Some te ritar o valor do combustível, e no total de 12 a 14 horas por dia para no fim tirar um lucro e torcer que não dê manutenção seguida pq isso não entra no cálculo deles somente q gastamos combustível, para os apps não comemos, bebemos, não tem q arrumar o carro…

  8. Só um louco pra se deslocar 5 km pra buscar um passageiro, não vou mais do que 2,4km de distância, inventaram essa porcaria de UberPromo e 99poupa, e tem alguns que ainda fazem isso…..e não almoço na rua tbm….. só assim pra conseguir tirar alguma coisa……pra ser motorista de app tem que ter muita organização e um regramento rígido senão tu não tira nada mesmo

  9. Falta de legislação onde 2 empresas tem o monopólio no Brasil uber e 99. Nao é aumentar tarifas mas sim limitar o desconto extremamente abusivo destas empresas, criar regras, limitar descontos, … quer quer, não quer fora do Brasil. São lucros exorbitantes destas empresas as custas de descontos abusivos aos motoristas.
    Cadê os governantes para criar limitação a estas empresas e aprovarem isto? Gera renda pro país circula dinheiro.. mas é mais fácil ficarem brigando por poder e a população …

  10. Vou dar uma dica para você motorista de aplicativo. Procure uma auto escola e agregue o seu veículo para você mesmo aplicar o curso prático de direção. Você terá um faturamento médio de 75% do valor do curso prático que varia de R$ 700,00 a R$ 1.500,00.

  11. Evanilda Prestes Matos

    Façam paralisação, compartilhem, divulguem essa informação q é fundamental para q outros n queiram trabalhar nessa furada e assim n sejam explorados..

  12. Está muito bom assim como está. Da pra fazer um salário mensal livre já com os descontos de alimentação, combustível, manutenção em torno de 7.000,00 ( sete mil reais) trabalhando oito horas por dia. Quem está reclamando quer ficar rico , então procure um emprego melhor , ninguém é obrigado.

    1. Mauro Cezar romao

      Em que mundo vc vive seu carro é movido ao que gaz hélio ou seria movido a água porque só tá bom pra vc está situação. Deixa eu ver mundo inteiro reclamando e só vc feliz kkkkcoitado de vc

  13. Evanilda Prestes Matos

    Façam paralisações é assim q funciona, compartilhem essas informações de abuso dos apps, para q outros vejam a furada q está sendo trabalhar e ser explorado.

    1. Estamos tirando um pouquinho mais porque não estamos usando o ar-condicionado. Quando começar a usar, vai ser pior, a despesa vai aumentar no combustível e o lucro vai diminuir. Aí que vão sair mais uns 30% dos motoristas.

  14. Acho uma falta de vergonha na cara os aplicativos de transporte chamarem os motoristas de parceiros … 25 % dos motoristas no RJ já foram embora, mas eles não admitem isso; No final vão sobrar só os acionistas e os passageiros.

  15. Eu sou motorista de aplicativo a quase 3 anos em Florianópolis, e realmente nesse momento não está bom pra nós motoristas, não temos lucro nenhum com os aplicativos, ainda estou na ativa, e só vejo passageiro falando que tem desconto nas plataformas, se um dia a Uber e 99 deram lucro foi só no início, agora os motoristas só estão com despesas e depreciação dos carros, o jeito e ir procurar outras áreas para se trabalhar, e sair de vez dos aplicativos.

  16. Marcelo Buzolo Silva

    Bom eles esqueceram que nos temos despesas com , troca se óleo $ 250.00 todo mês ,seguro , IPVA, quando batemos o veículo ficamos com prejuízo até que o veículo ficamos pronto, cada manutenção não fica menos de$600.00, pneus 400.00 cada 1.600,00 gastei mais 3.000,00 na suspensão fura o veículo que tem que rodar 200km por dia é vai perder o valor por causa de muito uso fora a gasolina que leva mais da metade dos ganhos é quando a uber manda você pegar um passageiro a 7km para rodar 2km por 4.50 porque eles não cobram taxa de deslocamento isso é quando você chega no local é tem 3 pessoas para levar pagando 4.50 pela viagem sendo que o ônibus e 4.30 ainda deixo na porta da casa porque não cobra por pessoa né!!!!!!

    1. Bom dia.
      Se você ver um sujeito na rua rasgando uma nota de cinquenta reais o que vem na cabeça é QUE CARA LOUCO. Quando o aplicativo deixa de cobrar um valor pelo menos igual ao do ônibus pra mim ele está rasgando dinheiro da mesma maneira.

  17. boa tarde eu era motorista e também desistir trabalhei durante quatro anos fiz quase vinte mil viagens aqui em São Paulo e com a alta dos combustíveis acabei desistindo a pouco mais de um mês hoje sou clt trabalho como caminhoneiro e garanto estou bem mais feliz

  18. Sou motorista categoria Black no dia 25/8/2021 peguei chamado Black com novo modelo de dinâmica fixa valor de 5 reais, passageiro é usuário só chama uber x e comentou que o uber x o valor para ela era de 29 reais e black 24 reais, ai perguntei qual era valor normal que paga para ir do trabalho para casa e me respondeu 12 reais então, nesse dia o motorista iria receber 12 reais já com 5 reais da dinâmica fixa e Uber levaria uma taxa de 17 reais mais de 50% de taxa, Uber está cobrando dinamica multiplicador para passageiro e reapassando um valor menor, no caso do uber Black fiquei com os 24 reais devido a dinamica fixa

    1. Rogerio ferreira de Souza

      Há Uber começou pagando bem para entrar no mercado e quebrar os taxistas e ter o monopólio do serviço de transporte como não conseguiu ela tem que pagar os investidores então vc que e motorista não fique achando que vão fazer algo p melhorar p vcs
      Só uma dica o tempo passa e quando vcs olharem p trás e ver que não conquistaram nada aí vai ser tarde

    2. Está muito bom assim como está. Da pra fazer um salário mensal livre já com os descontos de alimentação, combustível, manutenção em torno de 7.000,00 ( sete mil reais) trabalhando oito horas por dia. Quem está reclamando quer ficar rico , então procure um emprego melhor , ninguém é obrigado.

    3. A União faz a força, desliguem seus App por 12 horas, vamos ver o que vai acontecer, ou então fique no ligue offline, aceitou uma viagem desligue o App!

  19. Jorge Soares Dácio

    O app só ver o ganho, eles dizem que um parceiro/escravo tira por semana 1.200,00 a 1.350, por semana, mais eles não contabilizam o combustível que fica em torno de 50%, aluguel do veículo 70,00/dia, lavagem 15,00/dia, almoço 12,00/dia mais depreciação do altomovel. E só fazer as contas por semana e ver o que sobra, e não falei que temos que passar 10h sentado dirigindo para terceiros.

  20. É uma total ilegalidade,as autoridades deste país,o congresso Nacional deveriam ditar uma nova lei,sendo este aplicativos igual o transporte de ônibus,teriam que comprar uma frota de veículos e ter registro todos motoristas aprovado na plataforma,Com todos seus direitos trabalhistas,como funcionam uma empresa de transporte.

  21. Não está compensando nem pra nós da categoria delivery, tudo bem que vc pode argumentar que moto é mais econômica e tal, mas não é tão simples assim.

  22. Gircirlei Valter ramos

    Essas empresas só visam lucro desde que entraram no Brasil em 2016 até agora não reajustaram as tarifas para os motoristas e tudo subiu: gasolina, pneu,troca de óleo, limpeza, enfim. Eo motorista fica com toda a despesa. Também tem o fator que os passageiros mau intencionado pode através de relatório mentiroso te banir dos aplicativos sem direito de defesa.

  23. Meu nome é Wagner, sou gestor logístico e motorista de aplicativo a pelo menos três anos. Quanto ao novo cenário enfrentado pelos motoristas não precisa de uma explicação técnica, tanto a Uber quanto a 99 operam a custos praticamente zero e hoje além do alto preço do combustível que impacta diretamente nos ganhos do condutor, a Uber e 99 chegam a descontar por viagem até 40% do valor da corrida, isso porque para o passageiro não houve qualquer reajuste e nenhuma forma de compensação pelos mais de 51% de aumento no combustível desde de janeiro pra cá! Outro fator percebido por mim é que há mais chamadas, no entanto elas estão mais distantes e mais baratas, o que na ponta do lápis não justifica o deslocamento para se fazer uma viagem que reduziu 40% em média seu valor. O combustível se tornou o maior vilão da categoria, antes se abastecia uma vez no dia e era possível o faturamento bruto diário de até R$350 mas hoje fazendo as mesmas horas de trabalho e abastecendo duas vezes no dia mal se consegue R$80 líquido. Sendo assim, minha previsão é que nos próximos meses, caso a Uber e 99 não tomem atitudes realmente impactantes na prestação de serviços oferecidas por elas, incluindo aí um reajuste substancial e novas modalidades de viagens, além de parcerias que beneficiem os motoristas, é certo que o processo de debandagem por parte dos motoristas de aplicati

  24. Se descontar o combustível, seguro, IPVA, depreciação do carro, sobra bem menos que esses 1200 reais. Deve sobrar no máximo 500 reais por semana sem nem um direito trabalhista assegurado…. Essa Uber é muito sem vergonha.

  25. Sou motorista da uber e eles dizem que você tira yma media de 1200 por semana descontando 600 de combustivel, 100 de almoço sobram 500 fora a manutenção e limpeza do veículo, ipva, seguro. Sobram o que de lucro ?
    Enquanto a plataforma lucrou dizem eles 25% mas na verdade vai para 30% a 35% em cima de milhões de motoristas e querem dizer que não tem vínculo empregatício se prestamos serviço usando o nome da plataforma .

    1. Sou motorista a qse 3 anos e este lucro eu não vejo …eles esqueceram que um funcionário normal trabalha no máximo de 8 hrs por dia com direito a folga, férias, 13 salário, cesta básica, auxílio refeição, plano de saúde e etc…mais
      E dizem que pagam bem

      1. FLAVIO OLIVEIRA DOS SANTOS

        CLT não está isso tudo. Pois trabalho 6 hrs diárias mais passo 3 horas no transporte, totalizando 9 hrs e tiro 1000 reais por mês e mais VA de 140 reais. Não tenho VR, convênio, enfim

        1. Sergio Dias Pereira

          Vcs reclamam e continuam trabalhando nessa empresa clandestina,mas na época vcs caíram no conto q se tirava 7 mil mensais,tenho um amigo q saiu dos apss está vendendo balas nas esquinas e tirando mais q trabalhar de escravo nesses aplicativos do mal.

        1. FRANK ALAN ARAGAO ROCHA

          Faz quase dois anos que larguei de mão e sinceramente me arrependo de ter permanecido no App por um ano,agora estou com tudo em dia é quero mais é que a uber e a 99 se fodam de verdade

        2. O sertão e usar o aplicativo como bico, se a Uber e a 99 não diminuírem seus lucros vai ser inviável fazer app, já que um carro rodando existe muitos gastos seguros, multas, manutenção, pneu, etc a ação por partes dos app tem que ser de imediato.

          1. LUIS CARLOS DA SILVA

            Quem está empregado e faz bico nos App,tem que ser assaltado e ter o cu rasgado pra larga não de ser ganancioso e ficar roubando corrida de quem precisa.

      2. CLT acabou, ou você escolhe direitos ou escolhe trabalhar, já esqueceram quem falou isso?
        A Uberzação chegará para todos em todos os setores, a população tá aceitando perder seus direitos iludida pelas falas de quem tem muito dinheiro e não precisa trabalhar!

    2. Fico indignado como essas plataformas conseguem manipular uma coisa que todo mundo já sabe …. não vale a pena rodar em aplicativos mais, a deterioração do seu carro não acompanha os ganhos!
      Sem férias 13 nada … deveria existir uma lei que regulamentasse essa modalidade … se bem que com o andar da carruagem o governo ia querer comer Tb um pouquinho né? Hj não se faz mais nada sem dinheiro na frente

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