Curitiba prepara retomada de cirurgias eletivas

Secretaria Municipal de Saúde avalia que disseminação do coronavírus está estabilizada e Unidades podem retomar atendimentos suspensos

Suspensas desde março, quando a resposta brasileira à pandemia do coronavírus começou, as cirurgias eletivas podem ser retomadas em breve em Curitiba. A mudança se deve a dois fatores: o prazo de 120 dias concedido pelo Ministério da Saúde no pagamento de contratos do SUS por produtividade, que acabou em 1º de julho, e o fato da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) avaliar que a cidade já está num platô (estabilização) de disseminação da doença.

A informação foi dada pela superintendente executiva da SMS, Beatriz Battistella Nadas, durante reunião da Comissão de Orçamento e Finanças do Conselho Municipal de Saúde (CMS), nesta quinta-feira (19). A previsão é de que a partir de setembro as Unidades de Saúde voltem a realizar os atendimentos suspensos.

As cirurgias eletivas são procedimentos médicos importantes, mas cujo adiamento em até um ano não resulta em prejuízo para o paciente. A suspensão foi uma medida para aumentar a capacidade de atendimento do sistema de saúde do país frente à pandemia. Para isso, o Ministério da Saúde emitiu a Portaria 1.124, que determinou por 120 dias, desde 1º de março, que os valores a serem pagos a hospitais do SUS fossem feitos em cima da produtividade média dos últimos 12 meses.

Na prática, isso significou que, mesmo sem realizar procedimentos previstos, os hospitais receberam os contratos integralmente. Essa previsão terminou em 1º de julho e ainda não foi prorrogada. Com isso, a pressão pela retomada dos atendimentos aumenta.

Na reunião do Conselho Municipal de Saúde, Battistela afirmou que não há perspectiva do sistema voltar “à normalidade”, mas há a necessidade de atender pacientes que aguardam cirurgias e tratamentos que estavam suspensos. Ela informou aos conselheiros que a SMS está trabalhando num plano de retomada, que engloba também a reabertura de mais Postos de Saúde na cidade.

A superintendente disse que a Casa Irmã Dulce, inaugurada recentemente com 26 leitos de enfermaria de atendimento clínico, deverá ser convertida em leitos de internação para atendimento psiquiátrico. Apesar disso, Battistela diz não haver previsão para o restabelecimento do Centro Médico Comunitário Bairro Novo como maternidade. A unidade está inteiramente dedicada a atender pacientes com coronavírus.

Unidades de Saúde ativas

Curitiba tem hoje 111 Unidades Básicas de Saúde, sendo que 26 foram fechadas no início da pandemia e seus profissionais e atendimentos transferidos. Com a reformulação, 11 Unidades se tornaram exclusivas para vacinação.

Dos postos de saúde que fecharam, três já reabriram e um exclusivo para vacinas voltou a realizar atendimentos. Atualmente, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, das 111 unidades, 78 realizam atendimento ao público, inclusive casos suspeitos de Covid-19.

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