Após falhas, ferry boat de Guaratuba será operado por nova empresa

Contratação emergencial se dará por conta dos recentes problemas registrados pelo serviço

A novela do ferry boat de Guaratuba ganhou um novo capítulo: nesta segunda-feira (7), o governo do Paraná anunciou que está contratando, de maneira emergencial, uma nova empresa para operar a travessia no litoral pelos próximos seis meses. O processo está em andamento no Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) e tem o aval da Controladoria-Geral do Estado (CGE).

Segundo o governo do estado, a ação foi motivada pelo não cumprimento das cláusulas previstas no contrato para o atendimento da população, além dos problemas registrados nos últimos meses, como tempo de espera acima do limite e um atracadouro afundado. Até o momento, a BR Travessias, atual responsável pelo ferry boat, já foi autuada com 141 infrações.

O acordo com a concessionária foi assinado em abril de 2021 e tinha previsão de operação de dez anos. No entanto, desde o início a condição da travessia dos veículos vem sendo alvo de questionamentos por parte da população. Neste ano, a operação passou a apresentar problemas mais graves, como o afundamento de um atracadouro, o que motivou inclusive uma ação judicial por parte do Estado.

Com a contratação emergencial da nova empresa, o governo do Paraná declarará a caducidade do contrato com a BR Travessias. Uma nova licitação está prevista para esse ano.

Relembre

Foto: Gabrielly Pontes/CGE

No último dia 31 um trapiche afundou e novamente prejudicou a travessia de quem estava no local. Dois dias depois do acidente com o trapiche, o que deixou a travessia da baía ainda mais demorada, uma das balsas saiu de rota e ficou à deriva.

Por conta do colapso na operação do ferry boat, a Justiça do Paraná chegou a dar prazo até o próximo dia 23 para que a BR Travessias tomasse providências para garantir mais segurança para os usuários sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A ação civil foi protocolada pelo DER/PR e a decisão assinada pelo juiz substituto Jailton Juan Carlos Tontini. Ao Plural, a BR Travessias disse que não vai comentar o assunto neste momento.

No documento o DER alega que é obrigação contratual da empresa “zelar pela segurança das operações com o fim de proteger a vida humana e o meio ambiente”. Além disso, a ação também enfatiza que os flutuantes estão “em estado calamitoso” e que a situação já havia sido comunicada a BR Travessias em dezembro do ano passado.

A empresa iniciou as operações no dia 7 de abril e desde então a prefeitura já decretou estado de calamidade pública duas vezes por falhas no ferry boat.

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