Trapiche de Guaratuba afunda e deixa travessia da baía ainda mais demorada

No lado de Caiobá, a concessionária interditou uma das pontes de acesso e o flutuante por “adiantado estado de deterioração”

O trapiche do ferry boat de Guaratuba afundou na segunda-feira (31). O acidente aconteceu por volta das 23 horas, de acordo com a prefeitura, e não houve feridos. O flutuante danificado é o que fica no município. Já no lado de Caiobá, a empresa BR Travessias interditou a ponte-3 e o flutuante porque ambos estão em “adiantado estado de deterioração”. A obra não tem previsão de término. A travessia de balsa continua operando, mas a demora é maior. A chegada e a saída do município também pode ser feito via Garuva.

Desde o início do verão, usuários estão relatando problemas na travessia da baía de Guaratuba. Ao Plural a prefeitura do município informou que tem mantido diálogo com o governo do Estado e disse que já publicou dois decretos de calamidade pública por conta dos problemas com a travessia.

O tempo de deslocamento de um lado para o outro – um dos pontos de reclamação dos usuários – deve aumentar por conta do “combo” obra e queda do trapiche.

Problemas

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) autuou a BR Travessias por não ter encaminhado informações requisitadas sobre a travessia por ferry boat da Baía de Guaratuba, alvo de constantes reclamações dos usuários desde início da operação da empresa na ligação marítima, em abril de 2021.

As informações requeridas tratam da capacidade de transporte e outros detalhes técnicos da operação e das embarcações que fazem a travessia. A empresa tem prazo de 15 dias para apresentação de defesa.

A autuação é desdobramento da investigação iniciada pela Agepar em outubro, após advertência aplicada à empresa e que recolheu dados também junto ao DER-PR e Capitania dos Portos sobre problemas na prestação do serviço.

A reportagem entrou em contato com a empresa BR Travessias, que por meio da assessoria de imprensa afirmou que “aquele porto estava inoperante por mais de 24 horas,  passava por inspeção. No momento em que parte da estrutura cedeu não havia risco à segurança. A concessionária informa ainda que já havia trabalhado na referida ponte no ano passado, ocasião em que realizou sérias intervenções”. A empresa disse ainda que “reafirma  o seu  compromisso com o cumprimento das condições de segurança de todos os elementos da operação”.

O Plural também tentou conversar com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mas não conseguiu até o fechamento deste texto.

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