Foi lançada nesta quinta-feira (11), pelo Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana, uma carta aberta aos candidatos e candidatas às eleições deste ano. O documento orienta e cobra políticas públicas para equidade de tratamento das religiões.
Além disso, o texto também menciona a necessidade de efetivar os dispositivos da lei 10.639/2003, que institui o ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas, que enfrenta grandes dificuldades de ser aplicada ao currículo.
A carta menciona ainda a importância de falar sobre os povos tradicionais e originários e fala de eixos como economia, saúde e segurança.
Mais de 30 entidades e templos religiosos endossaram a carta.
Intolerância
Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Brasil registrou 829 denúncias relacionadas a intolerância religiosa e 962 violações relacionadas a crença, culto e de não crença no ano passado.
No Paraná as maiores vítimas de atos de intolerância religiosa são praticantes de religiões de matriz africana.
No mês passado o Terreiro de Umbanda Paity-Payrá, no Boa Vista, em Curitiba pegou fogo. Há suspeita de que o incêndio tenha sido provocado. A Polícia Civil (PC) instaurou inquérito para apurar o que houve.
Outro objetivo da carta é ampliar o conhecimento das pessoas acerca destas religiões para diminuir a incidência de crimes de intolerância.
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