A declaração do prefeito Rafael Greca (PMN) que revoltou os enfermeiros e enfermeiras de Curitiba foi tema de discussão na Câmara nesta terça. A oposição criticou o comportamento de Greca nas redes sociais, enquanto o líder do prefeito disse que é preciso ter a humildade de “aceitar as desculpas” publicadas no Facebook.
A história começou na semana passada, quando uma internauta cobrou Greca quanto à pressão sofrida pelos trabalhadores nos postos de saúde. O prefeito respondeu que a carga horária é leve e que uma enfermeira só poderia ficar doente “de tédio ou de tanto descansar”, acrescentando ainda a hipótese de “cometer excessos” durante as horas de folga.
Em discurso na Câmara, Professora Josete (PT), disse que Greca “desqualificou o trabalho dos trabalhadores da saúde”. “Depois pediu desculpas, mas isso não reverte o sentimento de indignação dos servidores da área da saúde”, afirmou a vereadora. “Nossos servidores enfrentam no dia a dia todos os problemas decorrentes da falta de pessoal, da falta de valorização”, disse.
A vereadora petista ainda afirmou que o prefeito está errado ao dizer que as enfermeiras têm carga de apenas 30 horas. “Elas trabalham 30 horas na prefeitura, mas fazem mais 30 em outros lugares para sobreviver”, disse.
Pier Petruzziello (PTB), vereador líder do prefeito na Câmara, disse que era preciso aceitar as desculpas de Greca. “Se não errarmos o que estamos fazendo aqui na Terra? Estamos aqui para aprender”, disse.
O petebista disse que a ação da oposição é uma “tentativa de desqualificar um prefeito que salvou a nossa cidade” com o ajuste fiscal. Segundo ele, o pedido de desculpas “foi um gesto de um ser humano fantástico”.
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