Nesta quarta-feira (25) os escritores Veronica Stigger e Guilherme Gontijo Flores falaram sobre o processo de criação de um livro durante a programação da Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná (Flibi), em Curitiba. A conversa foi medida por Cristiano de Sales, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e poeta.
A mesa “Dos fazeres, das linguagens” levou o público pelos caminhos percorridos pelos artistas ao construir as obras.
Stigger é professora na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e tem dezenas livros publicados, entre eles “O livro dos sonhos: exercícios de onirocrítica” (Arte e Letra).
Flores é autor de “Entre as costas duplicadas desce um rio” (Arts et Vita), tradutor e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Embora ambos tenham trajetória sólida como escritores, o método de criação é diferente para cada um. Stigger começa pelo título. “Quando começo a escrever vou juntando as ideias, crio uma série de textos, mas eu sempre tenho um título. Gosto também de escrever sob encomenda. É como uma gincana”, diverte-se.
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A escrita por encomenda também é apreciada por Flores, que encontra um “desprendimento de si” ao produtor algo pautado por outrem. Na produção própria nascem antes os textos depois o livro. “Todos os meus livros de poesia vieram a partir de uma produção de 20 ou 30 poemas e que em um determinado momento pensei: esses são de um livro”.
Por mais de uma hora os escritores falaram com o público da Flibi antes de encerrar a programação de quarta-feira.
Atravessamentos
O tema da Flibi deste ano é “Mil vezes literatura”, cuja proposta é olhar para as expressões da escrita em suas mais diversas formas. Ou seja, celebrar os atravessamentos.
Para esta quinta-feira (26) a programação contra com mesas, oficinas e lançamentos de livros. A programação é gratuita e vai até sábado. Veja a lista completa de atividades aqui.