Um passeio pela Feira do Livro do Colégio Medianeira

Num sábado de sol, um bate-papo com jovens leitores, seus pais e uma livreira que adora crianças

Ao longo de quatro dias, a Feira do Livro do Colégio Medianeira ocupou um dos ginásios da escola com estandes de livrarias e sebos da cidade, aberto para a visitação de estudantes, pais de alunos e o público em geral.

Uma das sacadas da Feira do Livro do Colégio Medianeira é a de levar as crianças menores para passear entre os estandes, acompanhadas das professoras. Assim as crianças têm um tipo de contato com livros que talvez não tenham de outra forma – a seleção de obras da feira é pensada para várias faixas etárias. E os expositores estão lá para falar sobretudo com os estudantes.

Quando uma aluna, por exemplo, se interessa por um livro, e se ele for adequado para sua idade, o livreiro anota o título num papel que é levado para casa pela estudante. Assim os pais podem avaliar se compram o livro ou não. E, se preferirem, podem visitar a feira e conferir os livros em pessoa.

Colégio Medianeira

No sábado (19), o último dia da feira, foi um dia belo dia de sol e várias pessoas aproveitaram para visitar a escola, que tem uma enorme área arborizada, como se fosse um grande jardim. Além da feira do livro, o Colégio Medianeira realizou também a Feira de Conhecimento, em que estudantes puderam apresentar trabalhos sobre diversas áreas do conhecimento – como uma feira de ciências.

O Plural também visitou a Feira do Livro na manhã de sábado (19). Dentro do ginásio, os estandes foram organizados ao redor de uma pequena praça central, com bancos em que as pessoas podiam se sentar para descansar ou ler.

Foi em um desses bancos que a reportagem conversou com a família de Carolina Sasaya, de 15 anos. Estudante do Medianeira, e apesar da pouca idade, ela é uma leitora experiente e tinha no colo uma edição em inglês de “Circe”, de Madeline Miller.

Carolina é uma frequentadora de livrarias e passeou pela feira para ver se encontrava algo diferente. “Sempre que vamos a uma livraria, é pelo menos uma hora vendo livros”, disse Missae, mãe de Carolina. Celso, o pai, concordou: “Uma hora ou mais”.

Fã de livros de fantasia, um dos livros que chamou atenção de Carolina na feira foi “A vida invisível de Addie LaRue”, de V. E. Schwab, publicado pela Galera Record. “Ele está na minha lista”, disse. O título fazia parte da seleção de livros no estande da Tim Informática e Papelaria, uma loja que fica no Jardim das Américas.

Um dos estandes da Feira do Livro do Colégio Medianeira. (Foto: Irinêo Netto/Plural)

Feira do Livro

Isabel Anginski, da Tim, disse que a Feira do Livro do Medianeira é uma oportunidade de ser conhecida pelas famílias dos alunos do colégio. “As crianças e os jovens me surpreendem pela inteligência”, diz a livreira. “E eu adoro crianças!”

Antes de ir à feira, Anginski consulta a clientela da loja para saber que livros as pessoas gostariam de encontrar na feira. Assim, ela separou vários exemplares de “Diário de um Banana” (existem 17 volumes diferentes) e dos romances de Colleen Hoover (uma escritora americana que se tornou um fenômeno nos Estados Unidos escrevendo histórias emocionantes que com frequência terminam com os leitores chorando copiosamente – e as pessoas compartilham imagens de seus choros nas redes sociais).

“Diário de um Banana”

A certa altura da manhã, a reportagem ouviu uma conversa animada entre Tales Valentim Helvig, de 6 anos, e a mãe, Juliana. Ele estava abraçado a dois exemplares de “Diário de um Banana”, enquanto a mãe explicava que ele deveria escolher apenas um dos livros. Juliana visitou a feira depois de receber em casa os papéis com o nome dos títulos de que Tales havia gostado. “Ele ainda está aprendendo a ler, então é a gente que lê os livros para ele”, disse ela.

Este repórter tentou indicar para Tales um livro aleatório, pinçado no meio do expositor, mas com um nome engraçado: “Quem soltou o Pum?”, de Blandina Franco e José Carlos Lollo (Companhia das Letrinhas). Tales já conhecia esse. “Pum é o nome do cachorro!”, disse ele e saiu correndo na direção de outro estande abraçado com os dois “Diários de um Banana”.

Seleção de livros da feira procura atender crianças de várias faixas etárias. (Foto: Irinêo Netto/Plural)

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