Abertura do Festival Olhar de Cinema tem estreia mundial e defesa da cultural

São cinco para as nove da noite quando Antônio Júnior, diretor geral e artístico do Olhar de Cinema, adentra a Sala 2 do Itaú Cinemas. A sessão inicial já está quase meia hora atrasada, intempérie explicada – em partes – […]

São cinco para as nove da noite quando Antônio Júnior, diretor geral e artístico do Olhar de Cinema, adentra a Sala 2 do Itaú Cinemas. A sessão inicial já está quase meia hora atrasada, intempérie explicada – em partes – pela grande quantidade de pessoas que se amontoavam, antes da abertura das salas, no hall do cinema. Das cinco salas disponíveis, três foram totalmente ocupadas na noite de quarta-feira (5) para a estreia mundial do documentário “Banquete Coutinho”, filme de abertura da oitava edição do Festival.

Além de salientar a importância de realizar um evento cultural em meio às circunstâncias atuais, Antônio também registrou apoio e solidariedade aos demais festivais do meio. “Não posso começar a sessão sem falar da nossa consternação, do Olhar de Cinema, aos ataques recentes que estamos sofrendo – o cinema e a cultura como um todo”, alertou ao citar os ataques à cultura, ciência, e pesquisa, que vem acontecendo no país. “Não é possível construir nada assim, só vamos conseguir cidadãos e uma sociedade melhor, e mais humana, investindo pesado em cinema, em cultura”, afirmou.

Antes de finalizar sua fala, o diretor geral também relembrou ao público as novidades que compõem essa edição do Festival, e ressalto o bom momento que o cinema brasileira parece viver. “Estamos em um momento excelente do cinema brasileiro, com participações em festivais, como essa avassaladora participação em Cannes, com dois prêmios, cinco filmes, quarto país com mais filmes no festival”, destacou.

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A abertura também foi marcada pela presença de parte da equipe responsável pelo documentário de estreia, que agradeceu o espaço e o privilégio de abrir o festival. “Já faz cinco anos que Coutinho nos deixou, espero que o filme possa tentar matar um pouquinho da saudade dele”, comentou o diretor da obra, Josefá Veloso.

De fato, pelos setenta e quatro minutos que se seguiram, o público acompanhou uma longa conversa com o documentarista, repleta de cenas e retornos às suas grandes produções. Diante das câmeras, um Coutinho pouco visto: rememorando trabalhos, filosofando sobre cinema, a vida e sua significância com um gosto de quero mais.

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