Pena que não há vacina contra o mau-caratismo

Há 1 ano, isso mesmo, o despropositado presidente reforçou sua omissão diante da Covid-19; nos dias 20 e 24 de março voltou a insistir que era uma gripezinha, um resfriadinho

A primeira vacina da qual se tem notícia surgiu no século XVIII, mais precisamente em 1798, graças ao médico inglês Edward Jenner – e muitas outras vieram depois, mas, infelizmente, nunca teremos uma vacina para tirar de cena calhorda(s), biltre(s), cafajeste(s), patife(s), canalha(s), velhaco(s), desonesto(s), pulha(s), tratante(s), mentiroso(s) e genocida(s).  

Até porque existe a face oculta e, quando ela é devidamente identificada e a máscara cai, nem sempre o remédio recomendado é 100% eficaz e de efeito imediato.  

E, por conta de mais um tropicão mental, de repente o tal de Jair Bolsonaro, aquele mesmo que foi expulso do Exército, percebeu a dimensão do buraco em que meteu o país. Com mais de 3 mil mortes por dia, poderíamos perder 1 milhão de vidas ao ano. Depois de passar 2020 tentando ser engraçado ao minimizar a pandemia, apesar de todos os alertas sobre o perigo e o avanço da doença, agora ele meio que mudou de discurso, aparentemente de olho na volta de Lula à política. Mas, de pronto, e sempre nota 10, os jornalistas Rogério Galindo e Kelli Kadanus, do Regra dos Terços, em Brasília, abordaram o assunto no início deste mês, dia 10.  Em pauta, também, a suspeição de Sergio Moro, aquele mesmo da pretensa e altamente suspeita República de Curitiba – ou melhor, da caricata, porém sinistra, republiqueta. Suspeição, aliás, admitida um tanto tardiamente pelo Supremo Tribunal Federal.  

A atuação do ex-juiz Sérgio Moro foi considerada parcial no julgamento do ex-presidente Lula. Foto: arquivo.

No tempo da varíola  

Voltado ao médico Edward Jenner diante da varíola. Fácil imaginar que o desafio era imenso. A doença viral causava febre alta, dores de cabeça e, no corpo, lesões na pele e morte. Mas, como o bem sempre vence o mal, nem sempre com a rapidez desejada, a varíola se tornaria a primeira doença infecciosa devidamente erradicada graças à vacinação.

Esse verdadeiro herói, nada a ver com James Bond, o 007, nasceu em maio de 1749 e dedicou cerca de 20 anos ao estudo sobre a varíola. E, em 1796, realizou uma experiência que o levou à descoberta de uma vacina. Dois anos depois, divulgaria seu trabalho: Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola. E mudou completamente o cenário das medidas em favor da prevenção contra doenças. De lá para cá, o mundo mudou, mas com consideráveis (e previsíveis) retrocessos.  

Vale lembrar outras figuras que também entraram para a história. De maneira positiva.  

– Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha.  

Mahatma Gandhi  

– Uma virtude simulada é uma impiedade duplicada: à malícia une-se a falsidade.  

Santo Agostinho  


Para ir além

Sylvio Back volta à cena (por escrito)
Gestão de crise
Hoje eu não quero falar com ninguém

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