Paulo Vitola – poeta figurinha nota 10 (ou 100)

Recém-lançado, o livro Jogo do Bafo reúne poemas escritos pelo curitibano dos 16 aos 73 anos, “um colecionador de figurinhas fáceis e difíceis”

Já que posso ser considerado suspeito, em face da amizade e admiração pelo escritor, passo a palavra, ou o texto, para a Academia Paranaense de Letras: 

– O curitibano Paulo Vitola escreveu poemas por mais de 50 anos, ao mesmo tempo em que trabalhou como compositor, profissional de televisão, publicitário e autor teatral. Alguns dos seus poemas foram publicados em jornais, outros foram musicados e gravados em forma de canções, muitos permaneciam até agora inéditos. Jogo do Bafo deve ser considerado o 1º livro de poemas do autor. No sumário, ele adverte que você pode ler o livro em qualquer ordem, a qualquer hora, em qualquer lugar. Os poemas não têm título, nem estão numerados. Foram compostos por ele entre os 16 e os 73 anos de idade. Não estão datados e sua organização transgride propositalmente a cronologia de composição. O autor refere-se a esses poemas como “figurinhas fáceis e difíceis, que conseguiram sobreviver aos apelos de todas as latas de lixo analógicas e digitais da minha vida”. Da mesma forma que se mantiveram milagrosamente íntegros depois das 19 mudanças de endereço feitas por ele em seu assaz tumultuado périplo. Jogo do Bafo tem direção de arte e ilustrações de Denilson Pucci e um portrait do autor clicado por Dico Kremer. 

O livro, 104 páginas, foi impresso na Corgraf. O diretor de arte elegeu a fonte Gotham, redondinha, num corpo que facilita muito a leitura para pessoas de todas as idades, principalmente as que já chegaram perto da idade do autor. O texto de apresentação e as orelhas, assim como todos os poemas, foram escritos por Paulo Vitola, que é também o editor. Membro da Academia Paranaense de Letras, ele tem mais dois livros de poemas prontos para publicar. Mas isso é outra história. O Jogo do Bafo está aí. É o abre-alas de uma obra que ainda tem uma avenida inteira para desfilar. Vendas, exclusivamente online, em www.palavraria.com.br. 

Vitola escreve ainda o livro 100 anos da Propaganda no Paraná, que não se limita a ser um apanhado desta atividade no estado, mas descreve, de forma abrangente, todos os movimentos propagandísticos no Paraná, com aspectos inéditos e histórias curiosas. O volume terá 300 páginas. 

Do poeta: 

Seja qual for a saída
Dessa encruzilhada
Essa vida essa vida essa vida
Não poderá dar em nada
Se der na parede nua
Eu pintarei um cenário
E nele a porta da rua
E nela um itinerário.


Para ir além

Redações e cursos de Comunicação, coragem!

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