Ironia: ação para garantir direito das mulheres pode cassar duas deputadas do Paraná

A Procuradoria da República levou à Justiça partidos e coligações que podem ter burlado a cota de candidaturas femininas no Paraná. A causa é nobre, mas o resultado pode conter uma ironia: se a ação der certo, duas deputadas perderão o mandato.

Das seis ações levadas à Justiça pela procuradora Eloísa Helena Machado, do Ministério Público Eleitoral, uma é contra a coligação do PSL, que elegeu Aline Sleutjes; e outra é contra o Partido dos Trabalhadores, que elegeu Gleisi Hoffmann. As duas representam 40% da bancada feminina do estado em Brasília.

Segundo o Ministério Público, descontadas candidaturas “laranja”, que serviriam apenas para cumprir a cota mas não eram para valer, seis partidos e coligações descumpriram a exigência de 30% de candidaturas femininas. O Paraná elegeu 25 deputados e cinco deputadas em outubro.

Segundo a procuradoria, excetuando-se as candidaturas “de brincadeirinha”, no caso do PSL, a porcentagem teria ficado em 29,27%; no caso do PT, em 27,27%.

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