Morre Caíto, o homem que poderia ter sido governador

A morte de Caíto Quintana, aos 72 anos, neste domingo, encerrou uma das trajetórias políticas mais importantes do Sudoeste do Paraná. Deputado por vários mandatos, chefe da Casa Civil, relator da Constituição de 1990, Caíto foi um dos nomes mais fortes da Assembleia nos últimos 30 anos. O ex-deputado morreu de infarto em Balneário Camboriú.

Nos últimos tempos, Caíto parecia amargurado com a política. Lamentava um episódio de 2014 que poderia ter sido o coroamento de sua trajetória, lavando-o ao governo do estado, ainda que por apenas nove meses. E culpava os correligionários de MDB por terem impedido que isso acontecesse.

Na reeleição de Beto Richa, o então PMDB tinha dois caminhos possíveis. Se aderisse à chapa de situação, era dado como certa a vice para Caíto. Nesse caso, ele teria sido o equivalente de Cida Borghetti (PP), e teria assumido o governo depois da renúncia de Beto.

O partido, porém, acabou optando, por influência de Roberto Requião, por ficar na oposição a Beto (o que acabou se mostrando uma decisão acertada, dado o que se veio a saber depois). Na convenção,a mudança de voto de Nereu Moura na última hora foi decisiva para impedir a aliança.

Caíto jamais engoliu a história. Quando Cida assumiu, escreveu um lamento nas redes sociais, dizendo que aquele deveria ser o momento dele e dos municípios que ele apoiaria.

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