TJ decide que médica Virgínia e equipe da UTI suspeita de mortes não vão a júri

Funcionários e médica do Evangélico foram acusados de matar pacientes; Tribunal afirma não haver provas para julgamento

O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira (16) que nenhum dos réus suspeitos de matar pacientes na UTI do Hospital Evangélico irá a júri popular. A decisão dos desembargadores, por quatro votos a um, reverte acórdão anterior do próprio tribunal. Agora, a não ser que o Ministério Público recorra aos tribunais superiores, em Brasília, o caso estará encerrado.

A história das mortes na UTI do Evangélico, ocorridas entre 2011 e 2013, chamaram a atenção do país quando surgiu a suspeita de que funcionários da unidade, supostamente liderados pela médica Virgínia Soares de Souza, estariam apressando as mortes para liberar vagas no hospital. Na época, além de Virgínia, sete pessoas subordinadas a ela foram presas e denunciadas pelo Ministério Público.

No total, a equipe da UTI foi responsabilizada pelos promotores por sete mortes. Houve imenso interesse público e sensacionalismo envolvendo o caso. Um jornal de Curitiba chegou a publicar manchete afirmando que Virgínia teria dito: “Agora podemos assassinar com tranquilidade”, quando a gravação original mostrava a médica afirmando: “Agora podemos raciocinar com tranquilidade”.

Em 2017, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Surdi Avellar, decidiu que não havia provas suficientes para mandar os réus a júri. Em 2021, essa decisão foi revertida no TJ – foi essa segunda decisão que acabou revogada nesta quinta com o novo julgamento.

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