Servidores do TJ dizem ter sido intimidados por desembargador

Fabian Schweitzer disse que sindicato precisava encerrar negociação com a Presidência do TJ

O sindicato que representa os servidores do Judiciário paranaenses, Sindijus, emitiu uma nota repudiando declarações do desembargador Fabian Schweitzer, coordenador do Comitê Orçamentário e Gestor Regional da Política de Atenção Prioritária ao 1º Grau de Jurisdição. As falas ocorreram numa reunião na sexta-feira passada (23) e, segundo o Sindijus, tinham como intenção intimidar os servidores.

A conversa fazia parte da negociação entre os trabalhadores e o tribunal. Os servidores, que estão há um ano com o reajuste da inflação atrasado, pedem além da reposição financeira uma série de melhorias de condições de trabalho, incluindo a contratação de mais pessoal. O ponto que gerou a discussão foi o fato de os trabalhadores terem dois canais de negociação simultâneos.

Schweitzer, que coordena a negociação via comitê, disse que o sindicato precisava encerrar a negociação feita diretamente com a Presidência do Tribunal. Caso contrário, segundo ele, as “portas seriam fechadas”. “Eu recebo o expediente, eu levo, vai fluir melhor. Não adianta o confronto, não será produtivo”, afirmou.

Depois de uma intervenção de Carolina Nadolny, diretora do Sindijus, que explicou a situação das negociações e disse que os servidores estão sendo vítimas de uma “grande injustiça”, o desembargados insistiu que os servidores precisavam encerrar as negociações com a Presidência como um gesto de “boa vontade. “Se não fizer isso, quebra o canal de comunicação… E se vocês não compreenderem, nós vamos fechar as portas”, disse ele.

“Buscamos o diálogo construtivo, todavia recebemos uma ameaça destinada a todos os servidores do Poder Judiciário do Paraná proferida na reunião”, diz nota publicada pelo Sinddijus.

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