Sesp inicia distribuição de armamento que estava parado desde 2021 no Paraná

Equipamento estava guardado porque não havia coldres adequados para o modelo escolhido pelo Governo

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná iniciou a distribuição de 25 mil pistolas Beretta aos policiais civis e militares. A comunicação foi feita à Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As armas estavam paradas desde 2021, porque a pasta não dispunha de coldres adequados para fornecer aos trabalhadores.

Atualmente os policiais do Paraná usam pistolas da marca Taurus, mas com registros de acidentes durante o uso a substituição deve trazer mais segurança aos agentes. Ao todo foram adquiridas 25 mil armas – 20 mil apenas para a PM.

Em janeiro deste ano o Plural revelou que o edital para compra dos coldres só foi aberto em agosto de 2022, embora o armamento já estivesse disponível desde janeiro de 2021.

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De acordo com o TCE, a Sesp informou à 6ª Inspetoria de Controle Externo que iniciou o treinamento e já está fazendo uso das novas armas – cuja aquisição custou R$ 10 milhões do Governo do Paraná – fora o investimento federal.

Atraso no cronograma

Conforme o TCE a Sesp iniciou o cronograma de distribuição do armamento em outubro do ano passado. A informação contradiz o que a própria Secretaria informou em janeiro deste ano ao Plural: “A Secretaria da Segurança Pública informa que devido à aquisição de novas armas foi verificada a necessidade de compra de coldres mais adequados para o modelo”, explicou, em janeiro de 2023 a assessoria de imprensa da Segurança.

Em Curitiba e Região Metropolitana alguns policiais receberam as armas no primeiro semestre deste ano. As turmas mais recentes de soldados foram treinadas com o equipamento atualizado. A Polícia Civil iniciou a substituição no começo do ano, pelas subdivisões do interior.

As armas antigas, da Taurus, têm média de uso de dez anos. Os equipamentos passarão por perícia pela Inspetoria do TCE e devem ser incinerados a pedido da PM por conta dos “os problemas inerentes de segurança da arma”.

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