Ratinho fecha comércio, shoppings, salões e academias em 134 municípios

Medida vale para as sete regiões mais atingidas pela Covid. Curitiba e região serão afetadas

O governador Ratinho Ratinho Jr. (PSD) assina nesta terça-feira (30) um decreto que determina o fechamento de todo o comércio, academias, salões de beleza, bares e restaurantes (a não ser por delivery) durante 14 dias. O Plural conversou com fontes próximas ao governo que viram a minuta inicial do decreto, contendo um toque de recolher. No entanto, o governo afirma que essa medida ainda não será adotada

Serão afetados pelo decreto 134 municípios de sete regionais de saúde mais afetadas pelo coronavírus hoje no Paraná. São elas as regiões de Curitiba, Cascavel, Londrina, Toledo, Cianorte, Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu. As medidas são prorrogáveis por mais sete dias, e Ratinho não descarta incluir mais municípios na medida.

O decreto também prevê que o serviço de transporte público dos municípios seja restrito aos usuários que trabalham em serviços essenciais e a quem precise se utilizar desses serviços, e que as reuniões de trabalho sejam feitas preferencialmente por meio virtual.

Piora do quadro

Na cerimônia em que anunciou as novas medidas, na tarde desta terça, Ratinho e o secretário da Saúde, Beto Preto, afirmaram que foi necessário aplicar novas restrições em função da piora da pandemia em várias regiões. Como exemplo, o governador citou o boletim de hoje, que apontou o maior número de mortos no Paraná desde o início da pandemia: 36 pessoas em 24 horas.

Ratinho diz que as medidas não equivalem a um lockdown, uma vez que não haverá fechamento de fábricas, por exemplo. Mas não descartou essa medida. Questionado pelo Plural sobre o porquê de esperar a piora para fazer o lockdown, sendo que as regiões do planeta que tiveram mais sucesso no combate à Covid adotaram essa medida antes do pico da doença, Ratinho disse que o Brasil não é um país rico que possa bancar as pessoas por 90 dias em casa, e que é preciso encontrar um equilíbrio.

Beto Preto reforçou o crescimento atual da epidemia no estado, afirmando que só na próxima semana são esperados mais 10 mil casos da doença no Paraná. Segundo o secretário, porém, isso não significa que o Paraná já tenha chegado ao pico do contágio, que ainda deve estar mais à frente.

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